HOMENAGEM A BAPTISTA CEPELOS – MEU PATRONO NA CADEIRA NO 24 DA ACADEMIA RIBEIRÃOPRETANA DE LETRAS

Dia 7 de maio, falecimento de Baptista Cepelos.

Baptista Cepelos
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Manuel Baptista Cepelos (Cotia, 10 de dezembro de 1872 — Rio de Janeiro, 8 de maio de 1915) foi um poeta, teatrólogo e romancista brasileiro.

Baptista Cepelos figura na Poesia Simbolista de Péricles Eugênio da Silva Ramos. Sílvio Romero, ao tratar dos parnasianos, depois de citar Mário de Alencar, Goulart de Andrade e outros, acrescenta, em nota: “A estes devem-se juntar os recentes: Jonas da Silva, C. Porto Carreiro, Batista Cepelos e Luís Edmundo”. Em verdade, Cepellos tinha traços mais simbolistas, sobretudo na obra Vaidades. No entanto, é justo que por causa de Bandeirantes, obra que mereceu prefácio de Olavo Bilac, seja inserido nesse rol de autores parnasianos.
Enveredou também pelo romance realista, publicando O vil metal, em 1910, que mereceu crítica de Lúcia Miguel-Pereira, em sua Prosa de Ficção, página 139: “Também o poeta Batista Cepellos se mostrou, com O vil metal (1910), um naturalista retardatário. Nessa tentativa de estudar o meio argentário de São Paulo e a ação corruptora do dinheiro adivinha-se o autor superior à obra, mais narrador – e bom narrador, embora por demais preso a Eça de Queirós – do que criador. Algumas páginas cheias de vida e movimento, como as caricaturas do literato falhado e do falso jornalista, explorador dos ricaços, mal compensam o convencionalismo dos tipos”.
Teve os estudos financiados pelo senador Peixoto Gomide, e a convivência levou o escritor a apaixonar-se pela filha do senador. O casamento foi marcado, mas o político repentinamente assassinou a filha e, em seguida, se suicidou, revelando antes que os noivos podiam ser irmãos. O escritor, chocado, mudou-se para o Rio de Janeiro.
Em 1915, foi nomeado promotor público para Cantagalo, localidade do interior do estado do Rio de Janeiro.
Tentara, por três vezes sem êxito, ingressar na Academia Brasileira de Letras. No mês da inauguração do Teatro Trianon, a Companhia de Cristiano de Sousa levou à cena a peça Maria Madalena, tendo feito onze apresentações, incluindo um festival de homenagem ao poeta-dramaturgo agendado para o dia 10 de maio que acabou não ocorrendo.
Cepelos foi encontrado morto junto às pedras da praia que existia na rua Pedro Américo, no Catete. Não se sabe, até hoje, se teria se suicidado ou caído acidentalmente, pois era míope.70_11712-1

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