ARTIGO: JORNADA DESAFIADORA

 

JORNADA DESAFIADORA

“Alea jacta est”.

Júlio César

 

Começar um curso a distância pode parecer desafiador no início, em especial para quem já passou dos setenta anos de idade: que é o meu caso.

Eu me sentia como Hércules, diante de seus Doze Trabalhos, impostos a ele como punição por um ato de loucura: voltar aos bancos universitários após muitos anos fora deles.

Mas com organização e constância, senti que seria  possível aproveitar muito bem essa forma de aprendizagem.

Passados os primeiros momentos de ansiedade explicita, e tomado por um pavor quase petrificante diante da tela que se abriu para a realização da primeira avaliação, resolvi organizar-me para o desafio.

Passadas os dias difíceis em que eu assisti às primeiras aulas, e sem saber o que me esperava, antes de começar a assistir às aulas da segunda etapa, fiz  um cronograma geral e detalhado do curso. Vi quantas aulas haveria em cada etapa, distribuí esse conteúdo ao longo dos dias da semana e destaquei os períodos previstos para as avaliações. Isso evitou os atropelos das primeiras semanas de curso,  e ajudou-me manter o controle do tempo.

Agora, enquanto eu assistia às aulas, passei a  tirar fotos das telas em que apareciam os slides mais importantes (especialmente aqueles que continham resumos, esquemas ou definições). Além disso, passei a anotar observações pessoais e pontos que eu considerava relevantes. Essas imagens e anotações formaram um ótimo material de estudo para  serem revisados, posteriormente, antes de cada avaliação:e não esperei até a última hora antes do prazo limite para realizá-las.

Nas minhas anotações, grifei algumas palavras e conceitos que não haviam ficado claros nas aulas, e consultei um a um, no Google, os itens grifados, e anexei esse material às minhas anotações iniciais.

Estabeleci, no meu  cronograma, um período só para revisar os conteúdos antes de cada avaliação. Nesses momentos, assisti novamente às aulas, desta vez com minhas anotações e fotos em mãos. Isso ajudou-me a fixar melhor as informações e a esclarecer dúvidas que porventura tivessem permanecido após a primeira exibição das aulas.

Como o curso oferecia acesso a gabaritos de avaliações anteriores, revi todos eles, e a cada  pergunta tentei refazer a resposta, identificando os pontos principais cobrados. Isso ampliou a minha familiaridade com o estilo das avaliações e fortaleceu minha segurança na hora das novas avaliações.

Nos momentos de avaliações objetivas,com  prazo para terminar, câmera e som ligados para observação atenta dos tutores dos cursos, enquanto a avaliação era realizada: senti-me mais seguro, mas nem tanto.

Terminada a avaliação e enviada, surgiu na tela do meu monitor uma animação que indicava o percentual de respostas corretas: segundos angustiantes em que os percentuais foram aumentando até o limite de 100%, e indicaram minha  nota.

As mãos estavam suadas, o coração palpitava, e eis que a sorte estava lançada, eu atravessara meu Rubicão: “Alea jacta est”.

E parti novamente para a maratona de aulas, anotações, revisões e novas avaliações.

 

ANTONIO CARLOS TÓRTORO
Ex-presidente da ARL – Academia Ribeirãopretana de Letras
www.tortoro.com.br
[email protected]

 

 

ARL- ACADEMIA RIBEIRÃOPRETANA DE LETRAS, ARTIGOS, LITERATURA

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