ARTIGO: CIDADÃO DO FUTURO

 

CIDADÃO DO FUTURO

 

“Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei: ter direitos civis. É também participar no destino da sociedade, votar, ser votado, ter direitos políticos”

 

Qual o tipo de cidadão que pretendemos ter no futuro?

A escola, em suas atividades diárias, visa preparar nossos jovens para serem esses futuros cidadãos?

 

O mundo está em constante mudança, e o “cidadão do futuro” precisa estar preparado para se adaptar e prosperar nesse cenário. Algumas características importantes incluem:

Habilidades digitais: Dominar a tecnologia é fundamental, desde navegar na internet com segurança até usar softwares e ferramentas online para trabalho e comunicação.

Pensamento crítico: Saber analisar informações, questionar e formar opiniões próprias é essencial para lidar com a grande quantidade de dados a que temos acesso.

Criatividade e inovação: O futuro precisa de pessoas que pensem “fora da caixa”, encontrem soluções originais para problemas e criem coisas novas.

Habilidades de comunicação: Expressar ideias com clareza, ouvir os outros e trabalhar em equipe são qualidades super importantes em qualquer área.

 

Mas para preparamos cidadãos do futuro é preciso que as escolas se utilizem de metodologias ativas, que são um conjunto de estratégias pedagógicas que visam colocar o aluno no centro do processo de aprendizagem, incentivando-o a construir o conhecimento de forma ativa, autônoma, participativa. Hoje, nas escolas, não existe mais espaço para o ensino expositivo e passivo. As escolas precisam, em suas práticas, diárias, promoverem a interação, a reflexão crítica e a resolução de problemas reais, permitindo que os alunos desenvolvam habilidades essenciais para o século XXI, como pensamento crítico, colaboração e trabalho em equipe.

 

É preciso ter em mente que hoje o professor não é mais a figura central na sala de aula, o detentor do conhecimento a ser transmitido: ele deve ser um mediador.

 

As estratégias pedagógicas devem ser centradas no estudante como o autor da sua própria aprendizagem, cabendo ao professor a tarefa de promover situações didáticas para que o estudante aprenda.

 

É preciso que alunos e professores rompam com os métodos tradicionais, num processo que leve a um aprendizado prazeroso e significativo: é preciso desenvolver competências e habilidades que requerem direcionamento pedagógico, que prepare não apenas para o mundo acadêmico, mas também, e principalmente, para a vida, para saber fazer escolhas, para se comunicar, para interagir e participar da sociedade.

 

O mundo, historicamente, é modificado pela educação, assim como a educação muda o mundo: e é disso que estou falando.

 

Quanto ao uso da tecnologia, somente ela não irá garantir aprendizado: ela não dispensa o papel mediador do professor, o uso de boas metodologias e preparo pedagógico do corpo docente. A simples introdução de equipamentos sofisticados e de última geração, não colaborarão com a aprendizagem se não estiverem integrados ao processo de ensino-aprendizagem, fazendo sentido no cotidiano escolar.

 

Como diz Moran, “o ensinar e aprender acontece numa interligação simbiótica, profunda, constante, entre o que chamamos mundo físico e mundo digital”, ou seja, hoje é impossível o professor não se utilizar de diversos tipos de aplicativos, softwares, plataformas que podem dar suporte às atividades on-line e/ou presenciais, e que possibilitam o desenvolvimento das metodologias ativas.

 

Creio que a tão comentada IA, será ruim para maus professores, mas, ao mesmo tempo, será uma oportunidade de renovação e crescimento profissional aos professores que se propuserem a enfrentar esse novo desafio: uma tecnologia que veio para ficar.

 

 

ANTONIO CARLOS TÓRTORO
Ex-presidente da ARL – Academia Ribeirãopretana de Letras
www.tortoro.com.br

[email protected]

 

 

 

 

 

ARL- ACADEMIA RIBEIRÃOPRETANA DE LETRAS, ARTIGOS, EDUCAÇÃO, LITERATURA

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