Os escritores Gabriel Lopes Vieira e Renato Ferreira de Souza deveriam ter realizado manhã de autógrafos do livro , “Palmeiras x São Paulo – As histórias do choque-rei” na Biblioteca do Clube de Regatas, no domingo, dia 10 de novembro de 2013, das 10 às 11 horas da manhã.
Mas a presença deles, que seria a 69ª de uma série que o conselheiro e colaborador, escritor Antônio Carlos Tórtoro, tem levado ao Regatas em um dos finais de semana de cada mês, com o objetivo de incentivar a leitura e apresentar aos regateiros os escritores de Ribeirão Preto e região, foi cancelada de última hora, sendo os escritores muito bem representados pelo associado e repórter da Rádio 79, Reginaldo Decaris.
SOBRE O LIVRO:
Afirmar que o São Paulo fez com que o Palestra trocasse de nome é errado. É jogar para uma instituição o peso de uma rivalidade que surgiu antes mesmo de sua fundação. A mudança foi efetivada devido aos acontecimentos da Segunda Guerra Mundial. O São Paulo apenas herdou dos ex- diretores do Paulistano um sentimento de revanche contra os palestrinos, que representavam os trabalhadores italianos. Malvistos pela elite paulistana e que, logo em seus primeiros anos de vida, fizeram frente a uma das maiores forças do futebol paulista do início do século passado.
A briga política de dirigentes que apenas representavam o clube invadiu os gramados. Um sentimento muito peculiar aos italianos, a vendetta , ( em Português, vingança), tomou conta do clássico. Havia a necessidade do Palestra Itália mudar de nome, mas em nenhum outro clube que precisou ter sua identidade alterada existiu tamanha confusão. De fato, houve uma pressão de jogadores, dirigentes e até torcedores do São Paulo contra o Palestra Itália, que virou Palestra de São Paulo e , por fim, tornou-se Palmeiras, mas esse foi apenas mais um capítulo na história desses dois gigantes do futebol nacional.
Nossa pretensão era alcançar uma única verdade, uma verdade absoluta. Ledo engano o nosso. Essa verdade não existe, nunca existiu. No jornalismo não há verdades inexoráveis. Existem fatos, versões, contos, histórias, dos dois lados da moeda. Diversas foram as vezes que o mesmo lado da moeda teve dois lados. Foi com isso que nos deparamos. Hoje, ao ler o livro, podemos concordar, discordar, e , até mesmo, encontrar mais uma versão da história para contar.
Prestigiaram o evento o vice-presidente do Regatas, Antonio Cese, o Diretor do Regatas, Luiz Carlos Guimarães Collucci e esposa, além de leitores e associados do Clube.
Como de costume, foi entregue à bibliotecária Deise um exemplar do livro e servido o tradicional café da manhã aos presentes.