PADRE JORGE
“Las tardecitas de buenos aires tienen ese que se yo, viste? Salgo de casa por arenales, lo de siempre en la calle y en mi…”
Ricardo Carozzi
Numa tarde de sexta-feira, saí pelas ruas de Buenos Aires, ao som de Astor Piazzolla: fui conhecer o Padre Jorge, mais conhecido como Papa Francisco.
Na tela do meu computador, as primeiras imagens de Papa Francisco- Conquistando Corações: uma indicação do meu amiguirmão Waldomiro Peixoto, uma hora e meia de puro elevo.
Padre Jorge conquistou meu coração.
Para fazer uma síntese do filme, vou usar as palavras de Diego Almeida:
“O Papa Francisco surgiu num momento de muita desconfiança da Igreja Católica, com simplicidade e muito carisma, Jorge Bergoglio tornou-se uma figura extremamente importante no mundo de hoje. Com ideias progressistas, diferentes e que desafiam a própria Igreja, o novo Papa não apenas reconquistou fiéis como também atraiu a simpatia de não católicos. Francisco já é um ícone contemporâneo e obras a seu respeito serão feitas, o cinema não se excluiria desse movimento.
Papa Francisco, Conquistando Corações narra a trajetória desse icônico personagem de sua infância em Buenos Aires até finalmente chegar a seu papado, passando pelo tempo de seminário, os anos de chumbo da ditadura militar e o engajamento social na periferia da capital argentina. Tudo isso é contado através da visão de uma jornalista espanhola que passa a acompanhar a trajetória de Jorge desde o primeiro conclave que ele participou.
Dessa forma, o longa adota uma estrutura narrativa em que as memórias de Bergoglio são apresentadas numa série de flashbacks que se intercalam ao momento presente daquela jornalista. Embora essa estratégia remeta a alguma desconstrução linear, Papa Francisco é um filme que se encaixa em padrões, no longa é como se houvesse duas linhas narrativas que respeitam perfeitamente uma progressão cronológica. O filme tem o objetivo claro de representar a vida e os valores do novo Papa, retratando paralelamente como as ideias do pontífice influenciam a vida das pessoas comuns”.
Após as cenas finais, eu me senti leve, leve, leve!
E conservando ainda em meus ouvidos a voz de Mercedes Sosa — Misa Criolla-Gloria — como um acrobata demente saltei dentro do abismo de minhas emoções mais profundas, até sentir que enlouqueci meu coração, e de tão livre, chorei.
ANTONIO CARLOS TÓRTORO
ancartor@yahoo.com
www.tortoro.com.br