LUIZ FERNANDO VALLADARES NA BIBLIOTECA DO CLUBE DE REGATAS

O escritor Luiz Fernando Valladares realizou manhã de autógrafos de seu livro, “Encontros com Cora Coralina de Goyaz”, na Biblioteca do Clube de Regatas, no domingo, dia 20 de maio de 2018, das 10 às 11 horas da manhã.
A presença dele foi a 123ª de uma série que o conselheiro e colaborador, escritor Antônio Carlos Tórtoro, tem levado ao Regatas em um dos finais de semana de cada mês, com o objetivo de incentivar a leitura e apresentar aos regateiros os escritores de Ribeirão Preto e região.

Luiz Fernando Valladares (Borges): nascido no Rio de Janeiro, viveu em Sacramento MG. Formou-se em direito. Mestre em Comunicação Social lecionou na Universidade Federal de Goiás, onde se aposentou. Aposentou-se, também, como Procurador do Estado de Goiás. Pertenceu ao Conselho Municipal de Cultura de Goiânia e respondeu pela Presidência da Fundação Cultural de Goiás. Presidiu, em Goiás, o Grupo de Escritores Novos – GEN; a União Brasileira de Escritores; o Conselho Estadual de Cultura. Foi Presidente, eleito, do Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Cultura.
Publicou Corpoema (Rio de Janeiro: Brasilart, 1960), Ver de Novo (Goiânia, Oriente, 1978) e Das Raízes (Goiânia, CEGRAF, 1990) todos de poemas e foi um dos organizadores da Antologia do Conto Goiano (1.969). Ainda, é autor do ensaio Encontros com Cora Coralina de Goyaz (2018).
Recebeu do governo do Estado de Goiás, as comendas: Medalha do Mérito Anhanguera e Medalha do Mérito Cultural (2018).

SOBRE O LIVRO:

No livro Encontros com Cora Coralina de Goyaz ( Goiânia: Kelps, 2017), selecionado e auxiliado pela Lei de Incentivo à Cultura, da Prefeitura Municipal de Goiânia, formula o autor perguntas semelhantes às que proferiu quando saudou Cora Coralina, quando ela recebeu o título de doutor “Honoris Causa” da Universidade Federal de Goiás:
O que traz a sisuda Universidade, solene e formal, até este momento? O que todos, homens afeitos ao magistério, à pesquisa e à ciência, aqui fazemos? Porque nossos olhos e atenções estão presos, se dirigem a esta criatura franzina, pequena, quase centenária, marcada pelo tempo? Qual o sentido deste encontro, desta homenagem que se tributa, ao se conceder o título de doutor “honoris causa” a quem apenas cursou a escola primária?
Na senda de questionamentos similares, relata e detalha-se outros encontros com Cora, apontando traços marcantes de sua escrita e de sua personalidade, “para que o tempo não passe tudo à raso”.
Não se trata de necrológio ou de “melado cordial. E a pretexto de falar da escritora e de sua poesia, denotou-se o entorno cultural da autora: a Goiaz viva do século XIX e início do século XX com seus festejos, folclore, episódios, história, o contexto cultural em que ela viveu e que muito a marcou. Afinal, encontrar-se com Cora é, visceralmente, encontrar-se com a cidade de Goiás que ela tanto amou.
Este ensaio, ultrapassando seu objeto, acaba constituindo-se na mensagem de uma geração, a do GEN (Grupo de Escritores Novos de Goiás), e a da memória do autor, carreando o autobiográfico.
Na obra enfocou-se os seguintes chamados “encontros”: Primeiro – Cora Coralina, a descoberta; ingresso no GEN.;edição, distribuição e lançamento de Poemas dos becos de Goiás e estórias mais. Segundo – Entorno cultural. mediato e imediato de Cora. Terceiro – O Troféu Jaburú do Governo do Estado de Goiás. Terceiro – Doutor Honoris causa da UFG. Quinto- O troféu Juca Pato: intelectual do ano da União Brasileira de Escritores de São Paulo. Sexto – Alusões as referência críticas negativas à obra de Cora, opondo a elas teses de doutorado, monografias e dissertações de mestrado e de especialização, além de estudos críticos diversos, referindo aportes diversificados, estilísticos e retóricos, de sua escrita, além de homenagens como às da Feira do Livro de Brasília, da Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto e mostras como as promovidas pelo Museu da Língua Portuguesa (SP) e Centro Cultural Banco do Brasil (R.J).

Prestigiaram o evento a esposa do escritor, Alice, e um grupo de alunos da Universidade de São Paulo que desenvolvem um projeto — “Desenvolvimento, implantação e avaliação de serviço de referência presencial e virtual em biblioteca instalada em agremiação desportiva, recreativa e de lazer na cidade de Ribeirão Preto”: Maria José Vita Magni da Silva, Dulce Helena Falcolin, Eunice Maria Silva Silvino, José Carlos Dias Júnior e Márcia Cristina Modesto Marques Zola.
A Diretoria do Regatas, como de costume, serviu o tradicional café da manhã aos presentes .
A bibliotecária Deise recebeu exemplar do livro das mãos do autor, que veio enriquecer o acervo de mais de dois mil títulos.
Fotos de Lu Degobbi – Grupo Amigos da Fotografia

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