“ As abelhas visitam as flores para coletar néctar e fazer o mel”
Os fotógrafos visitam a realidade para coletarem momentos que não ocorrerão mais: fazem fotografias.
Voam com amor, dedicação e profissionalismo quando a eles são dadas oportunidades, espaços e liberdade para escreverem com luz e com o coração.
E criam uma colméia histórica com os momentos que contam levando nas mãos e mochilas suas máquinas e lentes mágicas e fantásticas.
Os fotógrafos, assim como as abelhas, sofrem com a incompreensão daqueles que podemos chamar de “comedores “culturais” de insetos”: são pessoas que nada entendem da arte fotográfica e criam empecilhos para a cobertura adequada de eventos culturais: são seres insetológicos que, com suas exigências teratológicas não permitem aos fotógrafos contarem de forma profissional muitas das nossas histórias recentes.
Em cada colméia há uma abelha rainha: a da nossa colméia é Elza Fotografia Rossato.
Numa colméia há também milhares de abelhas operárias e centenas de machos chamados zangões: na nossa colméia existem dezenas de fotógrafos profissionais e amantes da fotografia.
Em cada uma das colméias as abelhas operárias dependendo da sua idade, limpam a colméia, cuidam das larvas, produzem cera, constroem o favo, armazenam alimentos e protegem a colméia: na colméia GAF os aficionados pela arte de Daguerre fazem cursos, promovem salões e bienais de fotografia, criam exposições fotográficas, editam livros, cobrem eventos culturais e sociais, criam efeitos no photoshop, imprimem obras de arte: é muito trabalho.
Devido a tanto trabalho, as abelhas vivem de 1 a 4 meses: nós já vivemos 18 anos.
E estamos comemorando a nossa maioridade com um livro virtual — e, quem sabe, impresso — de, é claro, fotografias: centenas de fotos, em forma de mosaicos, coletadas dos arquivos do GAF desde o ano de sua fundação, 2000, até 2018: um trabalho de peso, que exigiu fôlego, realizado por um grupo que ama o que faz, e o faz com sangue , suor e lágrimas.
Antonio Carlos Tórtoro
Diretor do GAF