AC TÓRTORO: NO LANÇAMENTO DO LIVRO “PARA NUNCA ESQUECER…” – DE FERNANDA RIPAMONTE.


Na noite de 23 de novembro de 2019, nas Casas de Betânia, o Grupo Amigos da Fotografia – Dr Fernando Gaya, Elza Rossato, Carlos Lagamba e Antonio Carlos Tórtoro – prestigiou a amiga, Dra Fernanda Ripamonte, no lançamento do seu livro , “Para nunca esquecer…” .
O livro de 230 páginas, é composto por 41 relatos biográficos – dentre eles o de meus amigos Theodoro Papa, Evangelina de Carvalho Passig, Luiz Gaetani, Luiz Roberto Marcondes de Oliveira, Pedro Rodrigues Villela e outros – e abre com o prefácio do Advogado, Jorge Roberto Pimenta , Presidente da Associação Espírita Casas de Betânia, e um texto de apresentação de Antonio Carlos Tórtoro (abaixo).

PORQUE FERNANDA ESCREVE BIOGRAFIAS.

“O Deus que habita em mim, saúda o Deus que há em você”

Vivemos momentos de uma relativa “democratização” dos personagens biografados. Os indivíduos comuns, destituídos de qualquer interesse aparente, passaram a ter suas vidas contadas.
Em geral as biografias procuravam demonstrar como certos indivíduos poderiam sintetizar estruturas sociais vigentes. Agora, temos trabalhos muito importantes nos quais os indivíduos demonstram justamente o desvio, o que foge à regra, o que rompe as homogeneidades aparentes: uma inversão da lógica da representatividade.
Em princípio. Penso que qualquer personagem merece ser biografado, desde que ele nos ajude a responder questões interessantes sobre o passado, que nos auxilie a conhecer melhor outros grupos sociais e outros tempos.

Biografar alguém é, de certa forma, saudar o biografado: é buscar contar a história do Deus que existe no outro, em busca da unidade e identificação, é procurar minhas respostas, na história dos outros.
Penso que todas as pessoas deveriam ser biografadas.
Cada uma delas teria algo a ser contado sobre sua vida. Cada uma delas contribuiria para a montagem de um mosaico biográfico-literário que, completo, contaria a odisseia da trajetória humana sobre o planeta Terra, e/ou além dele.
Logo, biografar é criar uma peça desse infinito e cósmico mosaico, do qual nossa peça individual faz parte, é buscar a unidade na união das diversidades de cada um.
Então, penso que a Dra Fernanda Ripamonte, assim como todos os biógrafos, buscam tornar o mosaico biográfico-literário da história da humanidade, cada vez mais completo, dentro das possibilidades da criação humana.
Biografar é como acrescentar à biografia do biógrafo, a biografia dos seus biografados, da forma mais intrínseca possível: é criar uma empatia com o outro, ou com outros.
E ninguém mais do que Fernanda sabe sentir como sentem os que a rodeiam.
Para advogar, é preciso haver empatia entre o cliente e a advogada que ela é, assim como para biografar, é preciso haver empatia entre biógrafo e biografados.
E Fernanda é pura empatia, puro coração, espírito de fraternidade, serviço, atenção e amor para com o próximo, dedicação e trabalho: Fernanda é exceção na nossa sociedade industrializada, complexa e hiperconectada, em nossa modernidade líquida, como defende o sociólogo Zygmunt Bauman, em que as relações e as noções morais são, por vezes, fluídas e a preocupação com o outro nem sempre é uma prioridade.
É por isso que Fernanda escreve biografias.

ANTONIO CARLOS TÓRTORO
www.tortoro.com.br

Ex-presidente da ARL – Academia Ribeirãopretana de Letras.
Idealizador, fundador, primeiro Presidente e Patrono da ARE – Academia Ribeirão-pretana de Educação.

Fotos de Carlos Lagamba – Grupo Amigos da Fotografia,

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