ANTONIO VENTURA NA BIBLIOTECA DO CLUBE DE REGATAS

O escritor Antonio Ventura,   realizou  manhã de autógrafos de seu livro,   “O catador de palavras”,  na Biblioteca do Clube de Regatas, no domingo, dia 11 de dezembro de 2011, das 10  às 11 horas  da manhã.

Sua presença foi a 46ª de uma série, que o conselheiro e colaborador, escritor Antônio Carlos Tórtoro, tem levado ao Regatas, no 2º. domingo de cada mês,  com o objetivo de incentivar a leitura e apresentar aos regateiros os escritores de Ribeirão Preto e região.
O poeta Antonio Ventura nasceu em 06 de junho de 1948, na cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo.
Em 1967 Antonio Ventura, liderando outros jovens, promoveu em Ribeirão Preto a Primeira Noite de Poesia Moderna em praça pública, ao ar livre.
No ano de 1972 foi para o Rio de Janeiro, começou a vender seus poemas, em folhas mimeografadas, dentro do Teatro Ipanema, quando foi encenada a peça Hoje é dia de Rock, de autoria de José Vicente, amigo pessoal do poeta. Depois continuou no Teatro Ipanema vendendo seus poemas, quando da peça A China é azul, de autoria de José Wilker. Publicou poemas na revista Rolling Stone, e na revista de cultura Vozes. E assim viveu no Rio de Janeiro até junho de 1975. Foi uma fase de grande produção literária, quando foram escritos os poemas contidos em Viagem e Reivindicação da eternidade.
Em novembro de 1991 ingressou na Magistratura do Estado de São Paulo.
Em março de 1998 fundou em Mococa-SP, o Grupo Início – entidade literária.
Em 2001 participou do livro Antologia Poética-Grupo Início.
Em dezembro de 2002 o poeta Antonio Ventura aposentou-se como Magistrado.

O LIVRO O CATADOR DE PALAVRAS DE ANTONIO VENTURA É RECOMENDADO POR GRANDES ESCRITORES

Pouco se sabe sobre Antonio Ventura, salvo que é natural de Ribeirão Preto, onde cresceu e se formou e é juiz de Direito. Mas, como Rimbaud, “sentou a beleza nos seus joelhos” e é inevitavelmente poeta, caudaloso, irreverente, com acento surrealista. Observou alguém que a biografia de um poeta é seu canto. E este poeta que traz Ventura consigo, como quem traz a poesia, revela na explosão de ritmos um sotaque pessoal. Embora caminhe dentro de uma tradição — a de “ser absolutamente moderno”, mantém inalienável  entonação, a marca do que carrega o fogo de quem se sabe “catador de palavras”. E o humilde ato de apanhá-las carece de um poder que as retira do estado de silêncio.
E nesta arte de ir catando palavras – passagem da fala para a linguagem – impõe-se a exuberância e riqueza de Antonio Ventura no catálogo multiforme de imagens e símbolos.
Assim, Antonio Ventura, poeta, resguarda no poema, vigor, criatividade e garra, com a aventura de tanto dizer que seu texto é amor.

Carlos Nejar
Academia Brasileira de Letras

O catador de palavras, de Antonio Ventura, apresenta o reencontro de um homem consigo próprio, na sua mais intensa vocação: para além de um “catador”, um transfigurador de palavras. Ariscas, elas se deslocam do terreno da fala cotidiana para ressurgirem no espaço instável do poema — onde tudo se arrisca, em nome da beleza. Enquanto quase todos seus colegas de geração — a da “poesia marginal” — celebravam o precário, Ventura, dissonantemente, como atesta o título de um livro seu, efetuava a Reivindicação da eternidade. No compasso de um discurso abastecido em lições rimbaudianas, desafiadoramente proclamava: “Eu sou um Deus que canta entre os rochedos”. Noutro passo, todavia, a voz de Ventura se contrapunha a uma das mais famosas lições do vate francês: “Como é fabuloso ser eu, e não o outro”. O poeta-andarilho, numa viagem iniciada em Ribeirão Preto , com escala no Rio de Janeiro, constrói e oferta neste livro sua morada mais sólida. No ponto de partida do adolescente ou na estação de desembarque do adulto, a mesma transbordante celebração da Poesia.

Antonio Carlos Secchin
Academia Brasileira de Letras

Acompanharam o escritor sua esposa Débora Ventura ( Vereadora na cidade de Mocóca), o jornalista Jarbas Cunha e sua esposa , Rivonete Cunha , e o fotógrafo Renato Ventura (Advogado e Consultor Jurídico) .
Prestigiaram o evento a jornalista Irene Coimbra ( do Ponto & Vírgula), Maurício Gasparini (Presidente do Rotary Clube Ribeirão Preto-Irajá) e sua esposa Renata Pagoto Gasparini, Alberto Giurlani ( proprietário da Editora Legis Summa) e suas filhas Ana Helena e Amábile, a escritora Heloisa Crosio, Eduardo Leite e sua esposa Gracia Maria, e o jovem escritor Guilherme Mapelli Venturi, além de leitores e associados do Clube.
A Diretoria do Regatas, se fez  representada pelo vice-presidente , Antonio Cese e pelo Diretor Rodrigo Simões, acompanhado de sua esposa, Alessandra e seu filho, João Rodrigo  ( gravou para o Programa Evidência na TV) , e , como de costume, foi servido  o tradicional café da manhã aos presentes.

Na última foto Tórtoro com João Rodrigo  – o mais jovem frequentador da biblioteca do Regatas.
Fotos de Lu Degobbi – Grupo Amigos da Fotografia.

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Escritores no Regatas, LITERATURA