A LAGARTA E A BORBOLETA

“O que a lagarta chama de fim do mundo,    o homem chama de borboleta”.
Richard Bach

 

Ao mesmo tempo em que a borboleta é o fim da vida da lagarta, ela é o início de um novo ciclo.
A lagarta traz em si toda a riqueza do que  foi semeado no passado, e está grávida do futuro.
A borboleta é uma contradição.
Transforma-se.
O destino da lagarta é virar borboleta, é evolver.
Essa metamorfose é bem dolorosa para a borboleta, não pelo processo em si, uma vez que a lagarta “morre” para si mesma, vivendo enclausurada em seu casulo, mas, sim,  pela  hora em que ele se abre.
O esforço é grande para rasgá-lo, e, mais tarde, outro esforço é exigido, quando as asas precisam ser estendidas para que se  sequem totalmente.
Transforma-se então.
Metaforicamente, é morrer para aquilo que já se fez,  e partir para uma nova realidade.
Haverá perda, mas, em contrapartida, ganhos surgirão.
É inevitável, é o curso da vida.
O rio flui.
Depois da metamorfose, ela não mais existe naquela forma.
Em seu lugar, surge a leve e colorida borboleta, que não conhece limitações. Voa rápido por entre as flores em um jardim, ávida pelo néctar, energizada pelos raios de sol.
Irradia vida!
Progredir requer coragem, mas não a de transformar-se, porque isso é totalmente natural, afinal a vida é um abrir e fechar de ciclos.
O casulo já não deve ser  visto como uma prisão ou um túmulo, mas como um portal que dá passagem para um mundo novo, visto de cima.
Nunca mais as coisas serão as mesmas.
Uma vez borboleta, lagarta nunca mais.
E foi exatamente esse o processo ocorrido quando da demolição do Colégio Santa Úrsula ( casulo)  , da rua São José e a criação do Shopping Santa Úrsula (borboleta) , há dez anos.
E, agora, com o lançamento do livro “Piacevolezza” , no Ponto de Encontro, dia 22 de julho, na praça central do Shopping Santa Úrsula, essa história ficará registrada nos anais da história da Educação de Ribeirão Preto.70_10132-1

ARTIGOS, Colégio Santa Úrsula, EDUCAÇÃO, FOTOGRAFIA, LITERATURA