HOMENAGEM AOS 156 ANOS DE MINHA RIBEIRÃO PRETO

A MINHA TERRA É UM…GRANDE LIVRO

“Ribeirão Preto esse destino / Que consagrou a tua gente / É do trabalho o grande hino / Que há de viver eternamente”.

Saulo Ramos

A minha terra é um coração, segundo Saulo Ramos, — com quem conversei alguns minutos antes de minha apresentação ao lado do ator global Édi Botelho, no evento Nossa Aldeia, durante a 12ª Feira Nacional do Livro, numa tarde de terça-feira — na letra do Hino dedicado à nossa querida Ribeirão.
A minha terra é um livro para sempre inacabado, e nem sempre aberto, dado ter sido, e estar sendo escrito, por seres humanos imperfeitos, e sujeito às intempéries sociais, políticas, econômicas, ambientais e naturais.
Mas é um livro, escrito a milhões de mãos, podemos dizer,  uma antologia histórica, na qual tive e tenho direito a alguns parágrafos.
No prefácio, ao folhearmos suas primeiras páginas, sentimos o cheiro gostoso de café fresco e, no final, o cheiro de cana-de-açúcar e álcool ajuda a inebriar aqueles que percorrerem suas fantásticas folhas sempre ornadas suavemente  pelo verde dos antigos infinitos cafezais.
De vez em quando, uma orelha de página dobrada indica grandes momentos de uma história mágica, repleta de amor e tradição, permeada de capítulos que, se possível fosse, deveriam ser esquecidos.
Em cada parágrafo, os grifos são diversos, indo daqueles feitos com lápis, Bic,  ou ponta de pena, até os traçados com uma Montblanc, Sheaffer ou Parker: tudo dependendo daqueles que leram, ou estão lendo, as páginas escritas pelo nosso destino, algumas delas copiadas, por exemplo,  pelo inesquecível historiador , Dr Rubem Cione, e publicadas em cinco volumes para deleite dos que, em algum momento, desejarem conhecer um pouco da saga ribeirãopretana que agora completa 156 anos.
Infelizmente, como todo livro centenário, faltam-lhe algumas páginas, corroídas pelas traças ou mesmo destruídas por atos de vandalismo: em você, amada terra/livro, não temos tudo, mas procuramos, a cada dia, dar-lhe mais, mais páginas, mais importância, mais divulgação, mais leitores.
A nossa terra não é um livro qualquer na biblioteca das cidades, é uma obra prima e, durante as Feiras Nacionais do Livro, é um best-seller, lido por  todos que amam a arte da Literatura no Brasil e no exterior.
Parafraseando o ilustre jurista Saulo Ramos : Ribeirão Preto esse destino / Que consagrou a tua gente / É do trabalho o grande livro / Que há de ser lido/escrito eternamente.

ANTONIO CARLOS TÓRTORO
ancartor@yahoo.com
www.tortoro.com.br

Foto de Elza Rossato – Grupo Amigos da Fotografia

 

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