POEMA: ATAÚDE DE NATAL

Primeiro o ponteiro dourado
o último a ter sido colocado
num ritual
anual e fantástico.
Como dias retirados de uma vida,
galho por galho
o verde plástico recobre a mesa
pontilhado de esferas
metálicas e coloridas.

A seguir o tronco
parte-se em pedaços
desencaixados entre si
e do pé,
o primeiro a ter sido montado.

Por fim um caixote
ataúde de papelão,
acolhe peça por peça
os brilhos, fios, luzes
que compuseram por dias
os momentos mágicos
de sonho, esperanças e alegrias,
de um símbolo místico tradicional:
Uma Árvore de Natal!!!ataude-de-natal

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