Foi no dia 3 de março de 1 949 quando dei meu primeiro sinal de vida , numa casinha de dois cômodos , fundo de quintal , na Rua Epitácio Pessoa no. 112 , entre as ruas Aurora e Jorge Lobato. No dia 13 de junho de 1 949 , meus pais , Claudio e Terezinha , ao voltarem da casa de minha avó Ida, à noite , subiam pela Rua Epitácio Pessoa , na Vila Tibério , e resolveram dar-me , ainda no ventre , o nome do Santo do dia : Antônio. E assim foi feito quando nasci, muito doente , na Santa Casa, pelas mãos da parteira, Dona Djanira, no dia 22 de agosto , às 13 horas e 15 minutos , quando praticamente renasci nas mãos de um padre da Igreja Santo Antônio, após o batizado que se realizara para que eu não morresse pagão — como costumavam dizer — e depois , quando um médico apostou na morte, e mandou que me levassem para morrer em casa e , ainda, quando o médico Dr. Álvaro Crosta , com uma única ampola , acreditou na vida, e permitiu-me viver até nossos dias .
Penso que eu ouvia , sem reconhecer , na época , as palavras de Vicente de Paulo : “Os grandes propósitos são sempre embaraçados por diversos obstáculos e dificuldades . A carne e o sangue aconselharão a abandonar a missão ; evitemos , portanto , dar-lhes ouvidos . Deus jamais altera aquilo que uma vez decidiu, seja o que for que de contrário nos aconteça “.
E parti em busca de minha formação intelectual e profissional.
Minha vida escolar teve início no Guimarães Júnior, com a Dona Cacilda Machado de Melo ensinando-me as primeiras letras, e como amarrar os cordões dos sapatos ; passei pelo Otoniel Mota — 8 anos com Luci Musa Julião , Márcio De La Corte, Antônio Santilli , Marturano , Romero Barbosa , Jorge Spirópolis , e tantos outros e, depois , pelas Faculdades Barão de Mauá onde terminei a licenciatura plena em Matemática , Física e Desenho Geométrico, além de Pedagogia : Supervisão , Administração e Orientação Educacional — foram 7 anos aprendendo com Ruy Madsen Barbosa, Oswaldo Sangiorgi e outras inteligências matemáticas , contratadas pelo Dr Domingos Spinelli para os primeiros anos do que, hoje, é o Centro Universitário Barão de Mauá.
Em 1960 nasceu minha irmã , Rita Maria, irmã única, com quem dividi quarto até o dia do meu casamento: nunca tive um quarto somente meu. Deixei, graças a Deus, de ser filho único.
Em 1968 fiz o Tiro de Guerra onde fui Monitor dos Sargentos Osny e Carneiro.
Em 1969, cuidei das Ordens de Pagamento no Banco Bandeirantes — emprego que me foi conseguido pelo amigo Benê — vendi peças Caterpillar na Lion , organizei uma loja na Bérgamo Auto Peças.
As primeiras aulas ,já como professor , recebi-as das mãos do Reverendo Gomes , no Colégio Metodista . Passei depois pelo SENAI , Colégio Colégio Santa Úrsula , Centro Universitário Barão de Mauá, chegando , em 1995 , ao Colégio Anchieta, onde, atualmente, sou Orientador Educacional e Coordenador de Eventos, após ter sido professor de Matemática e Coordenador Pedagógico.
Durante esse período , permeando trabalho e estudo , meus caminhos cruzaram os de minha esposa , Lúcia , minha luz , minha Julieta amante , minha Dulcinéia concretizada , minha Beatriz condutora que me deu dois filhos dos quais muito me orgulho : Giovana , minha Lua , e Rodrigo , meu Sol.
Em meus vôos místicos , conheci a Ordem Rosacruz e a Maçonaria.
Quanto ao meu projeto literário — iniciado com um poema publicado em 1 989 na coluna Poetas de Ribeirão Preto, no Jornal A Cidade — como Quixote (segundo Waldomiro Peixoto) da cultura de nossa cidade devo dizer que faço dele a minha meta , o parâmetro essencial da minha auto-realização. Sou fundador da Casa do Poeta e do Escritor (1990) , membro da ALARP – Academia de Letras e Artes (1992), ex-presidente da ARL – Academia Ribeirãopretana de Letras (1994).
Em 1998 recebi da Câmara Municipal de Ribeirão Preto o título de Cidadão Ribeirãopretano, por indicação da então Vereadora Darcy Vera e, em 2000, o título de Mérito Cultural.
A partir de 2000, interessei-me por fotografia e passei a fazer parte do Grupo Amigos da Fotografia, ao lado de Elza e João Rossato, onde atualmente sou Diretor.
Em 2002, idealizei, fundei, fui o primeiro presidente e sou Patrono da Cadeira número quarenta da ARE – Academia Ribeirão-pretana de Educação.
Tenho publicados livros de poemas , e de poemas em fotos. Sou, ou fui, membro de diversas entidades culturais , publico artigos em jornais e revistas , e faço da minha vida de educador , em contato com os jovens , a fonte restauradora da minha energia vital .
Eis a história dos meus encontros e desencontros , num discurso planejado pelo Grande Arquiteto do Universo .