A presença dele foi a 81ª de uma série que o conselheiro e colaborador, escritor Antônio Carlos Tórtoro, tem levado ao Regatas em um dos finais de semana de cada mês, com o objetivo de incentivar a leitura e apresentar aos regateiros os escritores de Ribeirão Preto e região.
José Antônio de Azevedo, ou Azevedo, como é costumeiramente tratado, é aposentado há 23 anos no cargo de Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil. Mudou da roça para a cidade aos 23 anos de idade com esposa e dois filhos, analfabeto, e sem eira nem beira. Na cidade de Ribeirão Preto – SP, aonde reside desde 1958, reiniciou a vida do zero como boia fria. Estudou até alcançar a Universidade, concretizando sonho do cargo público almejado.
Tem cinco livros publicados: Sentido da Vida e Transição, esgotados. O Homem no Mundo, O Coração Infarta Quando Chega a Ingratidão e Comendo Fogo e Cuspindo Cinzas, recentemente lançados.
Consoante crítica de literato gabaritado é comparado a uma pedra bruta a ser lapidada.
Transitando da terceira para a última idade pretende ser lapidado para continuar escrevendo a realidade com tramas assertivas na defesa da pessoa idosa, da Previdência Social, da família e outras, abrindo janelas se lhe fecharem portas.
Sobre os livros.
COMENDO FOGO E CUSPINDO CINZAS
Zé-Baiano + Maicro = ICARO
Essa é a equação que permeia este livro com reflexões para ajudar as pessoas a viverem melhor.
O autor com observações críticas sobre o tratamento dado às questões envolvendo as pessoas mais velhas apresenta o jovem caboclo Zé Baiano e o idoso cidadão Maicro, como coadjuvantes. De maneira que, formando uma simbiose, incorporam-se Icaro como o protagonista.
Com o vigor da juventude de Zé Baiano e a experiência da maturidade de Maicro fundiram-se em Ícaro tornando-o imbativel para vencer as batalhas da vida. Assim concebe Ícaro a ideia de uma fogueira dentro de si a fim de gerar energia até a Juventude Acumulada.
Então, o protagonista Ícaro conduz o leitor por uma série de conferências discutindo vários aspectos da existência, em busca da evolução humana, tão necessária para quem come fogo e cospe cinzas. Portanto, reflete o autor: É preciso energia para não fenecer, assim como é necessário paz para aprender sorrir.
O CORAÇÃO ENFARTA QUANDO CHEGA A INGRATIDÃO
Esta obra é uma Coletânea de Crônicas e Contos, mirando os temas marcantes do pais como: as amarguras dos idosos; as mancomunações políticas, os descasos com as doenças do povo; o Estado Mínimo e a Previdência Social. Dentro desta ótica irônica, critica o abandono das pessoas idosas; os conchavos políticos; a mercantilização da saúde; a ausência do Estado para governar e a aposentadoria “pé na cova”.
Defendendo as pessoas idosas e a previdência social do Brasil como foco principal o autor discorre também sobre a evolução natural, observando toda a existência, desde a simplicidade dos caipiras rurais até as complexas elites urbanas; ao começar pela humildade dos caboclos até os intrincados conhecimentos dos cientistas biológicos e físicos nos estudos da lógica humana.
Sem perder o senso crítico e a lucidez o autor reflete ainda sobre as diversas maneiras que se podem envelhecer: pode ser velho ou idoso dependendo do enfoque. Velho, portanto, é a pessoa que perde as esperanças e passa a reclamar de tudo e todos como se nada valesse a pena, e idoso é o indivíduo que ainda descortina um novo porvir, e até então passa a sonhar com futuro feliz. Para o velho a vida fenece em cada noite que termina e para o idoso ela se renova a cada dia que amanhece.
Tudo depende de como se encara esta fase da vida e de como se vê o papel da sociedade, que se transforma com o passar do tempo, fazendo com que esta obra seja apreciada por leitores de todas as idades.
O HOMEM NO MUNDO
Esta obra trata-se de narrativas críticas, objetivando os desmandos da administração pública, acusando a penúria dos idosos, desde o descaso familiar até a inação das autoridades governamentais e denunciando a política administrativa da Previdência Social. Com estas três asserções o autor defende a administração pública voltada para o povo, a gratidão de todos para com os idosos e a previdência social condizente com os trabalhadores .
Analisa ainda o autor em cada crônica ou conto expondo assuntos diferentes com episódios do dia a dia. A sua experiência de vida, somada à bagagem adquirida em seus estudos e pesquisas resultou no conjunto cultural que lhe permite concluir de forma crítica sobre fatos reais, de abrangência familiar, regional, nacional ou internacional . Assim, expressa sua lucidez sobre a verdade que não se pode calar, conseguindo do leitor um despertar para a necessidade de mudanças.
O valor de cada exemplar para a possível venda é de R$20,00 o exemplar no evento, mais taxa de entrega por motoboy em Ribeirão Preto e mais frete em outras localidades.
Aquisição de exemplares poderá ser feita pelo e-mail jazevedo2008@gmail.com
O escritor compareceu acompanhado de sua esposa Elza.
Prestigiaram a presença dele o vice-presidente Antonio Cese e associados do Clube.
A Diretoria do Regatas, como de costume, serviu o tradicional café da manhã aos presentes.
A bibliotecária Deise recebeu exemplares dos livros das mãos do autor — que veio enriquecer o acervo de mais de dois mil títulos.
Fotos de Lu Degobbi – Grupo Amigos da Fotografia