ARTIGO DE AC TÓRTORO NA PONTO&VÍRGULA

CAPA-PXV-ED-LEMOS

Abaixo meu artigo publicado na revista Ponto & Vírgula de novembro/dezembro de 2014.

TRÊS EM UM

“Toda vez que eu viajar, / é sinal que estou aqui / e, quando estiver por lá, / quer dizer: nunca parti. / A vontade de voltar / não impede a de seguir / e, por onde quer que eu vá, / estarei vivendo em ti “.

Música Longe e Perto – Nilson Chaves

Todos sabemos que o três é um dos importantes números místicos.
Três é um número que regula a criação e a criatividade. É um número extraordinário para artistas, principalmente os que fazem as suas criações a partir de suas casas.
Também sabemos a importância do compartilhamento.
É sempre importante lembrar-se das palavras de Isaac Newton : “Se pude enxergar mais longe é porque estava sobre os ombros de gigantes”, e que tudo o que sabemos nos foi ensinado por alguém, sejam nossos pais, professores, amigos, colegas, escritores, artistas ou mesmo as próprias circunstâncias de experiências vividas.
No convívio rotariano, por exemplo, é conhecida a importância do compartilhar esses conhecimentos, como a, também, emprestarmos nossos ombros para pessoas que não tiveram as oportunidades que tivemos.
Isso posto, em tempos de Primavera, vamos falar um pouco sobre o mais recente Sarau Ponto & Vírgula.
Ato I.
Heloisa Crósio, poetisa, recebeu homenagem de suas colegas escritoras num clima de despedida: no momento da publicação desse texto ela já estará ao lado do seu amor, Dante, vestindo sári e fotografando a mística Índia e seus personagens instigantes.
Ato II.
Lu Degobbi, minha esposa, e eu, com champanhe e copos recebidos de presente, vimos Nely e Leandro flutuarem, ao som da valsa, pelos iluminados salões do Hotel Nacional, em homenagem aos 44 anos de nosso “namoro”.
Ato III.
Quiquita Pileggi, destaque da noite, foto de capa clicada por Lu Degobbi, para a edição outubro/novembro da Revista Ponto & Vírgula, brindava Heloisa e os presentes iniciando com Tão Longe de Mim distante — “Tão longe, de mim distante, / onde irá, onde irá teu pensamento.” — e encerrando sua participação apoteoticamente (Lu eTórtoro, indo no girar do mundo para mais 44 anos de um eterno namoro) com todos cantando Lili — “Eu vivo a vida cantando / Hi, Lili, hi, Lili, hi lo / Por isso sempre contente estou / O que passou, passou / o mundo gira depressa / E nessas voltas eu vou…” .
Uma peça teatral da vida real que tem se repetido bimestralmente, dessa vez em três atos, três místicos momentos inesquecíveis, convividos fraternalmente sob a batuta cultural da anfitriã Irene Coimbra, e regados por amores dentre os que ficaram, despedidas de quem se foi, e ao som da voz de quem um dia encantou os alemães cantando na Cervejaria Hofbrauhaus.
É a ribeirãopretana Casa de Irene onde se canta, se ri, e se vive o verdadeiro compartilhar de experiências culturais no campo da poesia, música, artes plásticas, música, e quaisquer outras, sempre bem-vindas, que se apresentarem.
CAPA-PXV-ED-LEMOS
ANTONIO CARLOS TÓRTORO
ancartor@yahoo.com
www.tortoro.com.br

LITERATURA