LI E GOSTEI : OS GUARDIÕES

CAPA OS GUARDIÕES

ASSIM COMO É EM CIMA…É EMBAIXO

O pai de santo Carlos de Xangô esteve na Feira de São Joaquim e torrou R$ 1,2 mil na compra dos ingredientes para o ebó. Os ingredientes foram: “sangue de aridan”, utilizado para o preparo do “pó de pemba” (que tem a força de um boi para fortalecer o orixá); “sementes de obin” (que gera o fruto sagrado africano ao qual é atribuído o poder de chamar um orixá à Terra); e “dadá da costa”, também uma semente usada nos rituais do Candomblé. O ebó, ainda segundo o “conselheiro religioso de políticos pernambucanos”, como ele se define, “envolverá mais dois cabritos, duas cabras, 16 frangos, duas galinhas da Guiné, um galo e um casal de pombo” – tudo isso para tentar manter Dilma à frente do país.
Em quanto isso milhões saem às ruas para pedirem justamente o contrário: fora Dilma, fora Lula, fora PT.
No livro Os guardiões, de Robson Pinheiro existe um capítulo que foi psicografado em 17 de junho de 2013, dia chave nos protestos de junho do mesmo ano, quando mais de 230 mil pessoas saíram às ruas. Três dias depois, os protestos contariam a marca histórica de mais de 1 milhão de pessoas nas ruas em um só dia, em mais de 75 cidades brasileiras.
Diante do relatado fico imaginando como deve ter sido no espaço astral os acontecimentos ocorridos no dia 11 de março de 2016 — de dimensões nunca vistas nem durante o movimento das Diretas Já — aqui no Brasil, mais especificamente em Brasília, no entorno do Congresso Nacional.
“No mundo físico, as coisas não são diferentes. Em consonância com o que se passa do lado de cá da vida, nas dimensões sombrias — onde os maiorais do abismo, os legendários dragões, os magos negros e seus asseclas estão tendo seu poder ilusório derrogado —, também no mundo físico isso ocorre. Os ditadores e os regimes que exploram as comunidades estão em franca queda moral e política, assim acontece com as aparências de democracia, que não se sustentam mais, com o sofrimento do povo em benefício de poucos que lucram com a miséria social e a guerra”.
Qualquer semelhança não é mera coincidência.
“Portanto, meus amigos, não nos curvemos à força bruta dos que se julgam detentores do poder. Caso estivéssemos usando de uma linguagem suave, de palavras sutis, de um vocabulário espiritualizado, não teríamos vencido as forças da oposição que trabalham contra a política divina. O próprio esquema de guardiões só existe porque temos de deter o mal e coibir a proliferação do erro e dos abusos. Por isso mesmo, por mais que defendamos uma ação pacificadora entre nossos irmãos encarnados, entre os povos do mundo, não nos enganemos. O reino de Deus ainda não é deste mundo. Lutemos para que a transição se opere da melhor forma possível, mas não tenhamos a expectativa de que tudo ocorrerá com aparente tranquilidade. O mundo ainda não é assim.
Devemos nos preparar, também, para enfrentar muita gente truculenta, violenta, no sentido da violência física, e sem nenhum princípio ético que oriente suas ações, que poderá se intrometer no meio daqueles que trabalham pacificamente por seus direitos; são bandidos; marginais e oportunistas”.
Vide discursos e telefonemas de Lula, Stédile, Vagner Freitas.
“Justamente no momento em que ocorria a rebelião no mundo astral inferior, multidões de homens e mulheres, no mundo físico, inspirados pelos eventos que ocorriam no invisível — ainda que sem o perceberem — levantaram-se para gritar por seus direitos. Cada qual à sua maneira, tentavam chamar a atenção daqueles que pretendiam dominá-los; declararam estar fartos das artimanhas, dos projetos de poder e dominação, como também de serem explorados. Em suma, a situação dos dois lados da vida não era tão diferente assim uma da outra. Dominadores invisíveis estavam intimamente associados a muitos políticos, baluartes da corrupção, que pretendiam acima de tudo se perpetuar no poder, em vez de defender os direitos dos cidadãos”.
Há algo familiar entre a psicografia e nossa realidade atual?
Mas diante de tudo isso existe uma esperança.
“Os guardiões, os amigos da humanidade, trabalham sem alarde nos bastidores da vida, empunhando a espada da justiça e dando um basta às artimanhas do mal. O bem está determinado a vencer — hoje, aqui e agora.
Como anjos, os guardiões que abrem suas asas, elevam-se majestosos, aguardando as ordens do comandante. Junto com eles, inumeráveis espíritos — nos ares, na Terra, nos oceanos, nas matas e em todos os sítios do mundo — velam, do invisível, pelos pupilos encarnados. Nos bastidores da existência, a história continua; na Terra, novo capítulo se abre no livro da via, na vida de milhares de pessoas, que seguem seu caminho acompanhas de perto por seus amigos invisíveis”.

ANTONIO CARLOS TÓRTORO
ancartor@yahoo.com
www.tortoro.com.br

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