ANTOLOGIA PONTO & VÍRGULA ( 21 ESCRITORES) NA BIBLIOTECA DO CLUBE DE REGATAS – 2013.

Foram convidados quarenta e seis escritores (compareceram vinte e dois : Adriano Roberto Pelá, Antonio Ventura, Débora Soares Perucello Ventura, Dumara Piantino Jacintho, Clara Lúcia, Eda Maria Reis Carvalho, Elisa Alderani, Ely Vieitez Lisboa, Helena Agostinho, Heloisa Crósio, Irene Coimbra, Jugurta de Carvalho Lisboa, Lucilia Junqueira de Almeida Prado ( Prêmio Jabuti) , Luzia Madalena Granatto, Nelson Jacintho, Nely Cyrino de Mello,  Nilva Mariani, Odete Silva Dias, Priscilla Bispo Okano, Poeta Toledo e Antonio Carlos Tórtoro (Prefácio) ) com artigos publicados na 2ª. Antologia Ponto & Vírgula,    que realizaram  manhã de autógrafos de seus artigos na Biblioteca do Clube de Regatas, no domingo, dia 27 de janeiro de 2013, das 10  às 12 horas  da manhã.
A presença deles foi a 59ª de uma série, que o conselheiro e colaborador, escritor Antônio Carlos Tórtoro, tem levado ao Regatas, em um dos  domingos de cada mês,  com o objetivo de incentivar a leitura e apresentar aos regateiros os escritores de Ribeirão Preto e região.

Na oportunidade foram distribuídos exemplares do primeiro no. da revista Ponto & Vírgula, e brindes da Bio Extratus ( representada por Vanilsa M.F. Borba). A parte musical contou com apresentação dos músicos Berto Silva (violão) , Luís Padovan ( pandeiro), Raphael Heiji (violão) e Cristóvão Frade (acordeon).

Acompanharam os escritores amigos e convidados.  Prestigiaram o evento o vice-presidente , Antonio Cese, os diretores Luiz Camperoni Neto, Arnaldo José Regula, Marcos Antonio Domingos, Luiz Carlos Guimarães Collucci, Amauri Barbosa de Souza, leitores e associados do Clube.
A Diretoria do Regatas, como de costume, serviu  o tradicional café da manhã aos presentes.

Fotos de Lu Degobbi – Grupo Amigos da Fotografia e imagens para TV de Isaque Gomes (Programa Ponto & Vírgula) .

PREFÁCIO DA SEGUNDA ANTOLOGIA DO PONTO & VÍRGULA

“…a alma vivia para sempre no Estandarte do Espírito para inspirar as gerações futuras”

Jack Weatherford – do Livro Gengis Khan

Na impossibilidade de espaço e tempo para uma análise individual de cada um dos textos apresentados nessa segunda Antologia do Ponto & Vírgula, um presente de Irene Coimbra para a Capital da Cultura, resolvi utilizar uma analogia a fim de  expressar meu sentimento quando vi  reunidos trabalhos  — múltiplos e diversos de pessoas das mais diferentes formações e estilos literários —, com o objetivo de mostrar e deixar registradas para nossa história, a riqueza e força literária de um momento particular  da vida cultural ribeirão-pretana.
Através dos séculos, nas estepes onduladas e relvadas do interior da Ásia, guerreiros carregavam um Estandarte do Espírito, chamado sulde, que era feito amarrando-se os fios das  crinas dos seus melhores garanhões à haste de uma lança, logo abaixo da sua lâmina. Na medida em que os fios das crinas se agitavam e oscilavam ao ar livre, capturavam a energia do vento, do céu e do sol, e o estandarte canalizava essas energias da natureza para o guerreiro. O agitar das crinas ao vento incitava seu proprietário a seguir sempre em frente, estimulando-o a abandonar um lugar em busca de outro, para encontrar um pasto melhor, explorar novas oportunidades e aventuras, além de criar o próprio destino de sua vida neste mundo. A união entre o homem e seu Estandarte  do Espírito tornava-se tão próxima que, quando ele morria, dizia-se  que o espírito guerreiro residia para sempre naqueles tufos de crina. Enquanto o guerreiro estava vivo, o estandarte de crina carregava seu destino; na morte, ele se tornava sua alma. O corpo físico era rapidamente abandonado à natureza, mas a alma vivia para sempre no Estandarte do Espírito para inspirar as gerações futuras.
Uma Antologia é lança na qual são colocados os melhores textos de cada um dos escritores, enaltecendo autores consagrados e permitindo aos novatos uma janela para sua comunidade.
Na medida em que esse material é visitado por centenas, milhares de leitores, ganha energia, ganha vida própria, ganha um potencial incontrolável que é retransmitido aos seus autores.
Os comentários, críticas e elogios a respeito de cada uma das obras literárias que compõem uma Antologia, provocam seus autores a seguirem sempre em frente, instigando-os na busca de novos temas, novas formas de expressão, novos espaços onde divulgarem seus escritos.
Com o tempo, a união entre a Antologia e seus autores tornar-se-á tão próxima e profunda que, quando chegar, inexoravelmente, a hora de cada um morrer, seu espírito residirá para sempre naquelas páginas.
Enquanto o escritor estiver vivo, a Antologia carregará seu destino; na morte, tornar-se-á sua alma imortal.
O corpo físico de cada um dos autores, um dia unir-se-á à natureza, mas a alma deles, nas palavras publicadas,  viverá para sempre como as crinas nos Estandartes do Espírito de guerreiros mongóis, a fim de inspirarem as gerações futuras.

ANTONIO CARLOS TÓRTORO
www.tortoro.com.br
ancartor@yahoo.com70_12143-1 70_12133-1 70_12135-1 70_12136-1 70_12137-1 70_12138-1 70_12139-1 70_12140-1 70_12141-1 70_12142-1

Escritores no Regatas, LITERATURA