ALVO
Do livro “Ecos”
Fervilham reflexos
No plexo do rio
E frios lampejos em forma de setas
Como metas
Escolhem alvos em mim.
Aspiro em busca de energia
E a magia de efeitos especiais
Os vendavais dirigem,
E à vertigem que me toma
Se soma o calor do sol.
As pálpebras se buscam,
Ofuscam a lateral visão,
E a ilusão de chuva de cristal
É magistral, a realidade desacata.
É banho de prata lavando a alma.
E no mergulho consciente,
Da mente no âmago da natura,
Pela abertura dos reflexos do rio
Eu desafio os abismos,
E procuro o obscuro gênese do Eu.