DE VOLTA AO PASSADO:UMA VIAGEM DO PAPEL AO VIRTUAL

Fevereiro de 2021: quase 72 anos de vida, pelo menos quarenta deles dedicados à Educação, Matemática e Literatura

Com a ameaça de morte travestida de COVID 19, resolvi remexer nos meus arquivos: dezenas de pastas recheadas de minhas memórias, registradas pela mídia escrita durante três décadas. Para mim, são mais do que papéis,  são parte importante de minha vida. Após minha morte, seria para meus descendentes somente um amontoado de papéis velhos, candidatos ao lixo e ao eterno ostracismo literário.

Primeiro passo: um trabalho braçal. Abrir cada uma das pastas e distribuir pelo chão de minha saleta de trabalho os jornais e revistas, separados em pacotes: o pacote de A Cidade, outro de O Diário, mais um da revista Evidência, outro da revista Revide, e mais um, mais outro, e dezenas deles cobriram todo o espaço do ambiente.

Cada jornal ou revista que era aberto, trazia à memória momentos inesquecíveis de minhas atividades educacionais e literárias.

Segundo passo: cola, tesoura e pacote de sulfite A4 nas mãos, dei início ao processo de recortar cada notícia (publicada sobre mim), ou matéria — poema ou artigo — e colar pacientemente uma a uma sobre o sulfite branco. Desse trabalho resultaram 11 conjuntos/volumes de 100 sulfites, com recortes de jornal/revista colados neles: um volume de poemas não publicados em meus livros, 4 volumes de notícias sobre mim e 6 volumes de artigos publicados por mim.

Terceirto passo, sob os cuidados da minha esposa e fiel escudeira, Lu Degobbi :colocar os artigos em ordem alfabética e as notícias em ordem cronológica

Quarto passo: retirar dos conjuntos poemas já publicados em meus livros e artigos repetidos.

Quinta etapa: digitalizar todo o material e montar com eles 11 livros versando sobre minhas memórias. Nessa etapa contei com o apoio dos meus filhos Giovana e Sebastião — que me trouxe uma impressora HP LaserJet Professional M1130, a laser, pronta para digitalizar mais de mil folhas de sulfite/recortes de jornais e revistas.

Final de março, final de empreitada.

Olhei para o monte de papeis já digitalizados, prontos para serem jogados no lixo, e imaginei um processo de vida e morte: os papéis no lixo eram o corpo, o conteúdo digitalizado era a alma, na nuvem — OneDrive — no céu, para onde desejo me juntar a ele, futuramente.

Durante todo o processo acima descrito, notei, modéstia a parte, que marquei presença ativa na vida literária de minha Ribeirão Preto, por durante uns 30 anos: 1985 -2015.  Conheci e convivi com grandes homens e mulheres que deixaram suas marcas na história recente de nossa cidade. Guardei fotos tiradas ao lado de muitos deles, percebi que foram registrados momentos importantes, vividos por mim, da vida cultural na Capital da Cultura.

Deixei meu trabalho registrado em diversas instituições: ARL- Academia Ribeirãopretana de Letras, ARE – Academia Ribeirão-pretana de Educação, ALARP – Academia de Letras e Artes de Ribeirão  Preto, CPERP – Casa do Poeta e do Escritor de Ribeirão Preto e da AMOR- Associação dos Militares e Oficiais da Reserva, ACRECE – Associação  dos Cidadãos Ribeirãopretanos e Eméritos, CONPPAC – Conselho do Patrimônio Histórico e Cultural , FEIRAS NACIONAIS DO LIVRO ,  CMC – Conselho Municipal de Cultura, CME – Conselho Municipal de Educação,  COLÉGIO ANCHIETA , COLÉGIO METODISTA, COLÉGIO SANTA ÚRSULA, SENAI, e outros.

 

É mais uma missão cumprida.

 

 

 

ACADEMIAS, ARE-Academia Ribeirão-pretana de Educação, ARL- ACADEMIA RIBEIRÃOPRETANA DE LETRAS, ARTIGOS, BIOGRAFIA, CURRÍCULO, LITERATURA