ARTIGO – PRÓTESE NO JOELHO: MAIS UM DESAFIO VENCIDO

 

 

 

“Levanta-te e anda…”

  João 5 : 8 -10

Levanta e anda, foi a frase que Lu e eu mais ouvimos dos fisioterapeutas, Isabela e Rafael, no Hospital São Francisco, Rua Bernardino de Campos, 912, centro de Ribeirão Preto -SP, quarto 172-1, após a colocação de uma prótese no “nosso”  joelho esquerdo, obra do maior Ortopedista do Mundo, Dr Jorge Edson de Medeiros.

Dia 10 de julho, 5 horas da manhã, já estávamos prontos para a cirurgia esperada ansiosamente por, pelo menos, três doloridos anos: preenchendo questionários e assinando documentos, e aguardando: intermináveis  horas que pareciam não passar nunca, primeiramente na recepção, depois na antessala de cirurgia — uma piscina de Siloé em que pacientes esperavam por um banho e higienização necessários para o momento.

Depois de um entra e sai constante de jovens médicos — nenhum com mais de trinta e poucos anos —que atendiam e orientavam seus respectivos pacientes, chegou a hora do início da cirurgia: 7h30 de uma manhã de inverno, abençoada por uma leve garoa.

Voltei sozinho para a sala de espera, após entregar a Lu nas mãos da equipe de cirurgia com a prescrição: “só aceitarei ela de volta com o joelho novo”.

Abri meu Kindle, e passei a ler algumas páginas do livro A lógica do Cisne Negro, depois de orar e pedir a intercessão de Jesus, Maria e do Dr Bezerra de Meneses.

Após três horas e meia sendo obrigado a ouvir a Globolixo — ouvir, porque fiquei de costas para não ver as imagens — na tela da TV disponível, o Dr Jorge veio informar-me de que tudo havia corrido bem, e que Lu não precisaria ficar na UTI, apesar de portar um dreno inseparável — segundo as enfermeiras, um pinscher de estimação: agora era, mais uma vez, esperar.

Mais quatro horas aguardando, angustiado, a ida de Lu para o quarto, onde, por volta das 17 horas recebemos a visita dos meus filhos Giovana e Sebastião (meu genro): um momento revigorante que lavou de nossas almas todo o cansaço do um longo dia.

A primeira noite foi estressante, sono interrompido com visitas, de hora em hora, de “anjas” de branco que, acendiam as luzes do recinto, vindo monitorar sinais vitais, empunhando monitores e mobiles, e renovando os medicamentos colocados no porta soro hospitalar.

No dia seguinte, 11 de julho, quinta-feira, Lu tomou, entre constrangida e emocionada, o primeiro banho de toalha, na cama, pelas mãos de uma jovem “anja” , Larissa, renovando as forças para sequência da dura jornada, espetada por um “scalp” e presa a bolsas de soro fisiológico.

Aproveitei, durante a estada no quarto, um breve momento para ir visitar o apartamento 271, no segundo andar, onde, há seis anos, meu filho Rod (Rodrigo Degobbi Tórtoro) deu seu último suspiro, acompanhado da   incansável, protetora e corajosa mãe.

Na tarde de quinta-feira, Dr Jorge, foi ao quarto, mostrou-nos, na tela de seu celular uma radiografia de sua obra de arte, deu-nos novas orientações e disse que, possivelmente, sairíamos no dia seguinte, a depender da coleta do material via dreno.

Dia 12 de julho, de manhã, Lu tomou novo banho, agora mais revigorante, de chuveiro, sob os cuidados da enfermeira Janaina. Aproveitamos a visita do jovem Dr Thiago, da equipe do Dr Jorge, para sabermos se seria confirmada a alta da minha paciente. Soubemos que alta seria mesmo  no dia 12, sexta-feira.

Depois de duas noites dividindo o quarto com outra Aparecida, —a minha Lu é Lúcia Aparecida —, e após retirada do dreno, e feito novo curativo, pelas mãos abençoadas do Dr Jorge, Lu recebeu alta, com um sorriso que demonstrava uma felicidade imensa de poder voltar para o aconchego do nosso lar.

Na hora da saída, em cadeira de rodas conduzida pela simpática e alegre enfermeira Sânia, dirigi-me à Enfermeira Gestora, Ludmila, e pedi a ela que transmitisse à toda sua competente equipe, nossos mais efusivos agradecimentos pela atenção por nós recebida.

Enquanto eu me preparava para ser cuidador especial durante o restante de minhas férias, voltamos para casa por volta das 18 horas, tendo no volante meu filho Sebastião.

No dia seguinte, sábado, 13 de julho, antes do almoço, recebemos uma mensagem de carinho das amigas Adriana e Marina: um botão de Girassol e uma caixa de bombons: “o girassol representa alegria e vitalidade, e é um grande símbolo de coragem ! “

Aproveito esse artigo para agradecer, em especial, ao Grupo Hapvida pelo atendimento —  impecável durante todo o processo que envolveu o antes, durante e depois, da colocação da prótese — e, da mesma forma, a toda a equipe, competentíssima e profissional,  do nosso caro e inesquecível, Dr Jorge Edson de Medeiros.

 

ANTONIO CARLOS TÓRTORO
www.tortoro.com.br
ancartor@yahoo.com

 

COMENTÁRIO(S) SOBRE O ARTIGO ACIMA.

 

MARIA INES PEDRO BOM

PROFA – AMIGA DE MUITOS ANOS:

Li surpresa seu artigo!
Claro
Detalhista
Humano que vê anjos e é protegido por aqueles que Deus Pai designou para você
Desejo excelente e rápida recuperação para Lucia, sua musa e seu anjo!
Vocês já vieram enlaçados pelas fitas abençoadas dos céus!
Minha admiração e respeito!
Grande e afetuoso abraço!

ACADEMIAS, ARL- ACADEMIA RIBEIRÃOPRETANA DE LETRAS, ARTIGOS, LITERATURA