O escritor José Pinho de Oliveira , realizou manhã de autógrafos de seus livros; “ Esta é a minha estrada” – (2008) , “O horizonte é o meu limite” – (2009) , “Há luz no pé do meu farol” – (2010) , “Não me chame de senhor” – ( 2006) e “Tirando leite de pedra” – ( 2007) , na Biblioteca do Clube de Regatas, no domingo, dia 14 de novembro de 2010, das 10 às 11 horas da manhã.
Sua presença foi a 33ª de uma série, que o conselheiro e colaborador, escritor Antônio Carlos Tórtoro, tem levado ao Regatas, todo 2º. domingo de cada mês, com o objetivo de incentivar a leitura e apresentar aos regateiros os escritores de Ribeirão Preto e região.
Pinho começou a escrever por necessidade.
Em 1999, com 61 anos de idade, foi acometido pela Síndrome Pós Pólio – patologia que até pouco tempo, apenas dois casos haviam sido registrados pela medicina: um na Alemanha e o outro, do “distinto” Pinho, no Brasil.
Pode parecer brincadeira, mas quem descobriu o problema, foi ele mesmo: mas isso fica para um bate papo com corpo presente e naturalmente … copo na mão.
Em razão das fortes dores em todas as articulações, e a falta de um diagnóstico que identificasse o problema, veio a depressão, o que é natural em qualquer ser humano diante de um problema de difícil identificação.
Para vencer a depressão, Pinho escrevia crônicas e contos, enviando os textos para amigos, pela internet.
Cláudio dos Santos, na época gerente da DHL ( Correio Expresso ), sabendo que Pinho tinha cerca de 35/40 crônicas e contos, perguntou a ele o por quê de não escrever um livro. Na época, Pinho alegou falta de recursos, lembrando que para publicar seus artigos teria que vender as muletas, e até mesmo a família, e, naturalmente ainda ficaria devendo, pois cultura nesse país é cara. Claudio então respondeu: os nossos clientes patrocinarão os custos.
Nesta época Pinho trabalhava com exportação, preparando os processos e embarcando as mercadorias e, pela DHL, enviava a documentação.
Enfim, com esse apoio de Claudio, publicou “Contos que o Pinho conta”, em 2003.
Passados pouco mais de 3 meses, os patrocinadores começaram a cobrar o próximo lançamento. Foi então que Pinho publicou “Pinho, o alpinista de sarjeta”, em 2005. Pinho conta que nunca vendeu um único livro e já são quase sete mil, com exceção da “Feira do Livro” de 2007 , quando foram vendidos 28 livros com cujo valor Pinho pediu para ser criado um fundo especial no Instituto do Livro !!!
Acompanharam o escritor sua neta, Vitória e seus sobrinhos Filipe, Gustavo e Sandra Cristina. Prestigiaram o evento o Vice-presidente Antônio Cese, e o diretor Collucci, além de amigos do escritor e associados do Clube.
A Diretoria do Regatas, como de costume, serviu o tradicional café da manhã aos presentes.
Fotos de Lu Degobbi – Grupo Amigos da Fotografia
