COPENHAGUE NÃO É AQUI

“ O governo  municipal quer que os conselhos municipais apenas homologuem os interesses do executivo “

André Luiz da Silva – Vereador
Enquanto a mídia, nacional e internacional,  só fala em Copenhage, o caso COMDEMA, em Ribeirão Preto, me fez lembrar uma história usada na Mercer Human Resources,em suas reuniões na área de recursos humanos.
Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que poderia haver ali. Ao descobrir que era uma ratoeira, ficou aterrorizado. Correu ao pátio da fazenda, advertindo a todos: há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa  !
A galinha disse : Desculpe-me rato , eu entendo que isso é um grave problema para você, mas não me incomoda.
O rato foi até o porco e lhe disse: Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira!
Desculpe-me rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar. Fique tranquilo que você será lembrado nas minhas preces.
O rato dirigiu-se então à vaca. Ela disse: O quê, rato ?  Uma ratoeira ? Por acaso estou em perigo ? Acho que não !
Então, o rato voltou para casa, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro.
Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia caído na ratoeira. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia prendido a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher.
O fazendeiro,  imediatamente,  levou sua mulher ao hospital. Ela voltou para casa com febre e, como todo mundo sabe, que, para alimentar alguém com febre , nada melhor que uma canja de galinha, o fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal da canja.
Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos foram visitá-la e, para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.
A mulher, mesmo assim, não melhorou e acabou morrendo, e muita gente veio para o funeral.
O fazendeiro, então, sacrificou a vaca para alimentar todo aquele povo.
Moral da história : quando você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se de que, quando há uma ratoeira na casa, toda  a fazenda corre risco.
Em Ribeirão Preto, primeiro eles vieram atrás do CONPPAC, e os demais conselheiros não disseram nada porque não eram do CONPPAC.
A seguir, estão vindo atrás do COMDEMA, e os demais conselheiros não estão dizendo nada porque não são do COMDEMA.
Agora, vieram atrás da Feira do Livro, e os demais conselheiros ( por exemplo, os da Cultura) não estão dizendo nada.
Caros conselheiros, dos diversos conselhos existentes em Ribeirão Preto : Sabemos como tudo vai terminar.
Quando vierem atrás do conselho a que você pertence, já não haverá nenhum conselheiro  para falar em sua defesa.
Parafraseando o vereador André Luiz da Silva, ao final do seu excelente artigo publicado no Tribuna, “Copenhague e o retrocesso em Ribeirão Preto” : Esperamos que todo o noticiário sobre as recentes intervenções e tentativas similares levem o executivo municipal  e todos os conselheiros municipais  a aprenderem o que o mundo tem a lhes ensinar.
Mas que aprendam logo, enquanto é tempo.

 

ANTONIO CARLOS TÓRTORO

 

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