CMC : VAMOS TENTAR MAIS UMA VEZ…

“Se conselho valesse a pena, seria pago”.

 

Provérbio popular
Por muitas vezes, por muitos anos, e por conselhos diferentes, já dediquei parte de minha vida à cultura ribeirãopretana ( CONPPAC, Meio-ambiente, Educação, Cultura – Literatura ) : gratuitamente.
Já criei inimizades com pessoas que confundiram críticas construtivas com ataques pessoais, mas também conheci pessoas incríveis, como, por exemplo, Galeno Amorim, que, quando Secretário da Cultura, teve mente e coração abertos para entender que o  CMC  deveria ser deliberativo , ao invés de consultivo, e deu apoio à mudança do antigo estatuto que determinava ser o Secretário Municipal, automaticamente  o Presidente do Conselho, permitindo que hoje seja o presidente do CMC eleito dentre os conselheiros eleitos democraticamente.
Mas é uma pena que nem todas as pessoas envolvidas com cultura saibam dar a devida importância ao CMC que , segundo o próprio site da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, “com poder deliberativo, o CMC é responsável pela elaboração de políticas culturais para o município e entre a missão dos próximos conselheiros está a elaboração do Plano Municipal da_Cultura” .
Agora foram eleitos  14 conselheiros , além de seus suplentes nas áreas: artesanato, artes plásticas, capoeira, carnaval, cinema e vídeo, cultura oriental, dança , fotografia, hip-hop, literatura, patrimônio histórico, movimentos sociais, música e teatro. As universidades e faculdades  indicarão seus representantes, e a Prefeitura terá direito a dois  conselheiros.
Vou sugerir à Secretária da Cultura, Adriana Silva, que crie no site do Conselho um espaço para divulgação mensal das atas das reuniões e, para cada um dos titulares e suplentes, um e-mail, a fim de que toda a comunidade cultural possa sugerir aos conselheiros de  sua área, propostas e ações junto ao CMC. Mas para que tudo isso funcione é preciso que os membros do Conselho elejam um (a) presidente que torne  transparentes todas as ações do grupo e que saiba unir a comunidade cultural com a finalidade de sermos todos co-autores e co-responsáveis pela política cultural do_próximo_biênio,_e_não,_simplesmente,_seus_avalistas.
É preciso que saibamos valorizar nosso tempo, e o tempo que cada um dos eleitos estará doando à sua cidade com o único e primordial objetivo que será o de servir, não só à sua área, mas a todas as áreas culturais que compõem_o_CMC.
Enfim, parafraseando Euclydes da Cunha, eu não gostaria de que o CMC de Ribeirão Preto fosse visto como um grupo que, nesta terra, tem a ocupação cômoda dos desocupados,  e nem de sentir que estou atravessando esta existência na pior das piores cidades possíveis e imagináveis,_culturalmente_falando.
Vamos, mais uma vez, tentar fazer a diferença.

 

ANTONIO CARLOS TÓRTORO

 

COMENTÁRIOS SOBRE O ARTIGO ACIMA:

 

Nosso Tórtoro, como João Batista, é um pregador do deserto.
No caso da cultura brasileira,  um deserto de idéias e ideais.
Mas, como a cabeça de João Batista não foi cortada em vão, as pregações do Mestre Tórtoro devem fecundar em solo propício e fértil.
Estou com ele e não abro.

 

Corauci Sobrinho – Ex-deputado Federal

 

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