ALDAIR BARBOSA SIMÕES GOMES NA BIBLIOTECA DO CLUBE DE REGATAS

A escritora Aldair Barbosa Simões Gomes realizou manhã de autógrafos do livro “Silêncio Verde “ na Biblioteca do Clube de Regatas, no domingo, dia 18 de maio de 2014, das 10 às 11 horas da manhã.
A presença dela foi a 75ª de uma série que o conselheiro e colaborador, escritor Antônio Carlos Tórtoro, tem levado ao Regatas em um dos finais de semana de cada mês, com o objetivo de incentivar a leitura e apresentar aos regateiros os escritores de Ribeirão Preto e região.

Aldair Barbosa Simões Gomes nasceu em Resplendor, MG. Em 1947 casa-se com o médico ribeirãopretano Ivo Simões Gomes, e passa a residir em Ribeirão Preto-SP.
Apaixonada pela Língua e Literatura Inglesas, ao ficar viúva, em 1968, inicia seu trabalho no magistério.
Em 2007, já aposentada, perde seu querido irmão Alvim Barbosa, e decide homenageá-lo contando a história da vida dele.

PREFÁCIO : SILÊNCIO VERDE
“O silêncio das vozes será a mesma coisa que as vozes do silêncio ?”
Alvim A. Barbosa
Depois de alguns telefonemas, marcamos um encontro.
Por momentos fiquei diante de uma figura simpática, elegante, aparentando uma fragilidade de porcelana mas imbuída de missão hercúlea: dar à luz a biografia de uma alma de artista que afirmava sobre si mesmo : “Eu não estou confuso, eu sou eu: ninguém. Eu sou eu: alguém. Eu sou eu: sou quem ?”.
Conversamos, Aldair Barbosa Simões Gomes e eu , sobre a vida e a obra de Alvim Alvino Barbosa.
Conheci Aldair, há muitos anos, trabalhando com ela no Colégio Anchieta.
Conheci Alvim por meio da leitura de seu livro de poemas : O Tempo na Ponte.
Durante a conversa, a ponte era eu, entre a vida de Alvim e o sonho de Aldair: mostrar aos leitores, da forma mais completa possível, a incomensurável riqueza e importância da vida de um “artesão da boa amizade, operário do bem, fiel escudeiro da liberdade e nobre cavaleiro do amar e ser” — segundo o define Alvarito Mendes Filho — que nasceu a 7 de dezembro em Resplendor, Minas Gerais, e virou anjo em 1º. de junho de 2007, juntando-se a Raul Cortez e outros na morada celeste.
Senti-me tal qual Jacó, auxiliando Moisés a manter o cajado sobre o Mar Vermelho que se fendia a seus pés: era preciso sustentar a garra e a vontade de Aldair e auxiliá-la, dentro do possível, a abrir caminho para divulgação de uma obra que agora está à disposição de todos aqueles que desejarem saber um pouco mais sobre Alvim.
Silêncio Verde é um grito de Aldair, é a voz e manifestação ruidosa de uma plateia admiradora e fiel, que conheceu e conviveu com Alvim, um ser humano especial que , segundo Cayê Milfont, “ é amor…tanto amor pela vida e por sua arte, que quis o palco ser sua despedida, levando-o de nós entre as luzes e os aplausos”.
Silêncio Verde é , além da história contada por Aldair, um apanhado de depoimentos de amigos e admiradores do biografado, imagens inéditas, mapas elucidativos sobre as diversas estadas de Alvim por Estados brasileiros, enfim, resumo de uma existência cronologicamente apresentada com muito amor, eivada de emoções, lembranças, saudades, admiração, carinho e amizade de todos aqueles que, de alguma forma, colaboraram para que esta obra se tornasse realidade, e fonte de pesquisa para aqueles que desejarem conhecer mais sobre o intérprete —premiado como “Ator Revelação do Ano , 1960, pela Associação de Críticos de Arte de São Paulo” —, de um dos filhos de “Mãe Coragem e seus filhos” , de Bertold Brechet, com direção de Alberto D’Aversa e produção de Ruth Escobar, dentre outras atividades: ator, poeta, administrador, agitador cultural, descobridor de talentos.
Uma obra que traduz em palavras as vozes do silêncio.
ANTONIO CARLOS TÓRTORO
Aldair foi acompanhada pelas amigas Heloisa Crosio(escritora) e Carmen Kairalla.
Prestigiaram o evento o vice-presidente Antonio Cese, os Diretores Rodrigo Simões (Vereador) e Luiz Carlos Guimarães Collucci ( e esposa), e associados do Clube.
A Diretoria do Regatas, como de costume, serviu o tradicional café da manhã aos presentes.
A bibliotecária Deise recebeu exemplares dos livros das mãos da autora — que vieram enriquecer o acervo de mais de dois mil títulos.
Fotos de Lu Degobbi – Grupo Amigos da Fotografia

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