MISSA DE SÉTIMO DIA: ROD TÓRTORO

“Dai-lhes, Senhor, o descanso eterno”.

A missa de sétimo dia é um costume muito comum entre nós, católicos.
A Igreja sempre rezou pelos seus fiéis falecidos, pedindo a Deus que interceda pelo repouso eterno de suas almas. Esta tradição vem da fé católica no Purgatório, em que sem a santidade ninguém pode ver a Deus.
Nós, católicos, acreditamos que nem todas as pessoas são salvas ao partirem dessa vida e entram imediatamente no céu. Em favor dessas almas, as orações são muito úteis. Principalmente na Santa Missa, onde se atualiza nos altares o próprio sacrifício de Jesus no Calvário.
Rod sempre foi profundamente religioso: tem uma fé inabalável em Jesus Cristo e Maria.
No dia anterior à sua morte, recebeu a Unção dos Enfermos e a Comunhão pelas mãos do Padre Gilberto Kasper, um amigo/irmão de longas jornadas.
E o mesmo Padre Gilberto — às dezenove horas e trinta minutos, na pequena Igreja de Santo Antoninho, Pão dos Pobres, avenida Saudade,222, na noite de 22 de agosto — pediu a Deus que intercedesse pelo repouso eterno da alma de Rod.
Foi uma cerimônia simples mas tocante, permeada por um sentimento de amor, paz e harmonia entre o celebrante e os amigos da família que foram prestigiar o evento.
Vinte e dois de agosto é dia do meu aniversário — comemorei 69 anos — e Dia De Nossa Senhora Rainha.
Fiz a leitura de Isais 9, 1-6: “1. O povo que andava na escuridão viu uma grande luz, para os que habitavam as sombras da morte uma luz resplandeceu.
2. Multiplicaste sua alegria, redobraste sua felicidade. Adiante de ti vão felizes, como na alegria da colheita, alegres como se repartissem conquistas de guerra.
3. Pois a canga que lhes pesava ao pescoço, a vara que lhes batia nos ombros, o chicote dos capatazes, tudo quebraste como naquele dia de Madiã.
4. Toda bota que marcha com barulho e a farda que se suja de sangue vão para a fogueira, alimento das chamas.
5. Pois nasceu para nós um menino, um filho nos foi dado. O poder de governar está nos seus ombros. Seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai para sempre, Príncipe da Paz.
6. Ele estenderá seu domínio e para a paz não haverá limites. Sentado no trono, com o poder real de Davi, fortalece e firma esse poder, com a prática do direito e da justiça, a partir de agora e para sempre. O amor apaixonado do SENHOR dos exércitos é que há de fazer tudo isso”.
No decorrer da Santa Missa seguiram-se as leituras do Salmo 112 e de Lucas 1, 26-38, e Padre Gilberto comentou a vontade e a fé com que nosso Rod orou com ele, ainda vivendo suas últimas horas entre nós: momentos em que ainda sofria num leito do hospital São Francisco, quarto 264B, ao lado de Lu, sua mãe e companheira até a despedida rumo aos braços do Criador.
Jesus quis deixar para a Igreja um sacramento que perpetuasse o sacrifício de sua morte na cruz. Por isso, antes de começar sua paixão, reunido com seus apóstolos na última ceia, instituiu o sacramento da Eucaristia, convertendo pão e vinho em seu próprio corpo vivo, e o deu de comer, fez partícipes de seu sacerdócio aos apóstolos e mandou-lhes que fizessem o mesmo em sua memória.
Assim — logo após o Padre Gilberto permitir-me a palavra — nessa noite na Santo Antoninho, Lu e eu, junto aos nossos amigos e familiares presentes, renovamos o sacrifício reconciliador do Senhor Jesus.

ANTONIO CARLOS TÓRTORO
ancartor@yahoo.com
www.tortoro.com.br

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