LI E GOSTEI: O MANUSCRITO ENCONTRADO EM ACCRA

PAUL LAPIN DANS ACCRA

“Jerusalém! Que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados!”

Lucas 13: 31 – 35

Acabo de ler Manuscrito encontrado em Accra,  do acadêmico da Academia Brasileira de Letras, Cadeira número 21.
Nada de novo para quem, como eu, já li todos os livros anteriores de Paulo Coelho, escritor com obra publicada em 168 países e traduzida para 73 idiomas.
Tenho uma grande amiga escritora que confessa ter deixado de ler uma tradução de livro de um autor nipo-britânico, considerado entre os cem melhores da última década, porque o tradutor, na primeira linha do romance, iniciava com uma próclise ” Me chamo…”.
Meu olhar não é de Mestre. Meu olhar é sempre o de um aprendiz.
Sendo minha formação na área das exatas, pouco me importa, em alguns casos, a obediência às normas restritas da gramática, bastando que, em certos livros eu encontre conteúdo que possa me levar a alguma reflexão, a alguma experiência de vida, ao conhecimento de fatos históricos e de biografias interessantes: penso que só é preciso que a linguagem seja acessível aos leitores.
Pedro Luso de Carvalho, advogado de Porto Alegre, que confessa não ter lido  Paulo Coelho, comenta em seu site: “O que se tem visto pelos meios de comunicação é que a obra de Paulo Coelho tem tido uma invejável aceitação, como acontece, por exemplo, na França, país que é um símbolo do bom gosto e da cultura, onde escritores de todo o mundo aportam, principalmente em Paris, em busca da fama que a Cidade Luz pode lhes dar, isso, desde os anos de 1930, no mínimo”.
E continua afirmando que não se pode dizer que, nos países em que seus livros são vendidos, Paulo Coelho seja tratado como uma pessoa folclórica, como, aliás, acontece no seu país, o Brasil. Em muitos países o escritor é recebido por pessoas públicas importantes, como é o caso de Sarkozy, presidente da França, e por aí afora. E nos locais onde se apresenta, a ele é dispensada uma atenção digna de escritor de renome, onde não se vislumbra preconceito sobre a sua obra literária.
E completa informando que no dia 15 de outubro de 2008, Paulo Coelho concedeu uma entrevista coletiva em Frankfurt, Alemanha, onde ele foi o convidado de honra para a 60ª edição da Feira do Livro de Frankfurt, o maior evento da indústria editorial do mundo. Paulo Coelho desembarcou em Frankfurt, onde se encontravam 7.373 expositores de 101 países, para comemorar os 100 milhões de exemplares de livros vendidos em todo o mundo e receber o prêmio Guinness por ser o autor do livro mais traduzido no mundo, O Alquimista, em 67 idiomas.
Fosse o escritor do Manuscrito, Paul Lapin ou Paul Rabbit, as palavras do grego Copta que prega para jovens e velhos, homens e mulheres, sobre os valores que restam depois que tudo foi destruído — 14 de julho de 1099, enquanto Jerusalém se prepara para a invasão dos cruzados — possivelmente estariam sendo citadas em revistas literárias, e o livro sugerido em resenhas como leitura imprescindível para o conhecimento de um dos autores mais lidos da literatura universal.
Mas como santo de casa não faz milagre…

 

ANTONIO CARLOS TÓRTORO70_11950-1

Li e gostei, LITERATURA