LI E GOSTEI : DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E SUA INTERPRETAÇÃO JURÍDICA

“Com todo seu poder Gaia resiste em ser transformada por Hermes. Ela agarra a papoula que se transforma em romã e fornece força, fertilidade e abundância”.

De “A história de Gaia e o boicote da carruagem”
Ler  O desenvolvimento sustentável e sua interpretação jurídica, do Promotor de Justiça do Estado de São Paulo, José Roberto Marques, é como estar diante de uma equação que tem, inicialmente , quatro variáveis: uma econômica, outra ambiental, outra social, e outra jurídica, sendo que  cada uma delas, por sua vez, apresenta-se como equações de múltiplas variáveis advindas das leis naturais (Ciências Naturais) , das sociais  (Sociologia) , das  econômicas (Economia)  e das  jurídicas (Direito).
Em geral, uma equação matemática tem certo número de variáveis e uma, nenhuma ou infinitas soluções.
Em nosso caso, a equação do desenvolvimento sustentável não tem e nunca terá uma solução definitiva, pois todas as variáveis e soluções serão sempre pontuais e/ou passageiras:  “ o desenvolvimento sustentável, dadas as variantes que o compõem, deve ser sempre reavaliado, ainda que seu conceito não tenha contorno bem definido. As atividades que permitem o crescimento econômico devem ter regulamentações sempre revistas e atualizadas. Essas tarefas cabem aos três Poderes, cada um atuando na sua esfera de ação. Com o fim de alcançar o desenvolvimento sustentável, como objetivo da República Federativa do Brasil, deverão considerar a influência do aumento populacional e do crescimento da atividade produtiva, e a cumulatividade de pequenos danos ambientais”.
Porém, uma analogia interessante é sugerida pelo autor, para que sintamos na própria pele a importância da busca por uma solução que leve Gaia ( o nosso  planeta Terra)  a uma existência saudável   : “ Para melhor compreensão dos efeitos dos danos ambientais, deve ser tomado o corpo humano como elemento de comparação, pois ele repete, em menor escala, os problemas experimentados pela terra; para o primeiro, as doenças; para a última, os danos ambientais. A Terra deve ser considerada um corpo vivo, permitindo, assim, que sejam mais bem compreendidos os danos ambientais e seus efeitos. Os mecanismos que determinam a vida de um e a sustentabilidade de outro são equivalentes”.
No prefácio da obra, a Profa. Dra. Consuela Yatsuda Moromizato Yoshida , Desembargadora Federal, Doutora e Professora de Direito Ambiental (PUC/SP e UNISAL/Lorena, diz que  o livro de José Roberto “ será de grande utilidade para profissionais e pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento, advogados, consultores públicos e privados, magistrados e membros do Ministério Público, entre outros”.
Mas, dada a complexidade do assunto e a necessidade de todos nós estarmos conscientes da importância de salvarmos nosso planeta — tratado de maneira clara, simples e didática na obra em questão — penso serem os jovens educandos, a partir das séries finais do  Ensino Fundamental  e Ensino Médio, aqueles que, desde já, devem discutir (cada um dentro das características e possibilidades de suas respectivas faixas etárias) as questões levantadas nas 118 páginas do livro em questão.
Gaia pede socorro urgente — apesar de sua força, fertilidade e abundância, cantada pela mitologia grega —, mas essa ajuda não depende somente de matemáticos porque o elemento determinante para se resolver essa equação tão complexa é a conscientização.70_11722-1

Li e gostei, LITERATURA