UM ENCONTRO NO CASARÃO DA FAMÍLIA PROENÇA: QUE DEVERIA TER SIDO SEDE DA ARL- ACADEMIA RIBEIRÃOPRETANA DE LETRAS.

 

Antes, um pouco da história do casarão:

 

Diz o Jornal Tribuna Ribeirão no dia 10 de setembro de 2019, logo após o casarão, que ficou abandonado, foi atingido por um incêndio, e se transformou num local tomado por drogados e marginais.

 

“O que resta do prédio está hoje na avenida Saudade nº 222, nos Campos Elíseos, na Zona Norte de Ribeirão Preto. O antigo casarão fica ao lado da Igreja Santo Antoninho Pão dos Pobres.

No dia 19 de abril de 1989, a única herdeira e moradora do ca­sarão dos Campos Elíseos, antiga sede da Academia Ribeirãopreta­na de Letras Jurídicas, Hilma dos Santos Fonseca Mamede, assi­nou o testamento doando parte dos bens da família à caridade e à construção de instituições cultu­rais, filantrópicas e ou científicas.

A missão de concretizar o que pedido do testamento foi atribuída ao advogado Rubem Cione. Além do casarão na aveni­da Saudade, outros dois prédios situados em SP também foram doados para se tornarem mu­seus ou entidades filantrópicas. Segundo o filho de Rubem Cione, José Arnaldo Vianna Cione o de­sejo de Mamede assegurado em testamento é superior e deve ser seguido.

“É fundamental que seja assegurado o último desejo da antiga dona do lugar.” Depois de ser fundada, a administração do prédio passou a ser da aca­demia. Porém, pouco antes da morte de Cione, o local começou a ser abandonado. “Depois que ele [Rubem] morreu, ninguém nunca mais entrou lá”, disse o padre Gilberto Kasper, vizinho do casarão e pároco da Igreja Santo Antoninho Pão dos Pobres.

O imóvel pertenceu à família Proença da Fonseca, no século 19. A família foi a responsável pela construção da igreja Santo Antônio Pão dos Pobres, para atender a grande quantidade de imigrantes que chegavam na cidade naquela época. O prédio é de extrema importância tanto arquitetônica quanto histórica para a cidade’.

 

O  encontro no casarão , que dá título a esse texto, ocorreu em meados do ano 2000, quando eu ainda era Presidente da ARL, e o Dr Rubem Cione, por diversas vezes, mencionou em nossas reuniões ordinárias sua intenção de fazer de um determinado imóvel, a sede da ARL: tudo registrado em atas.

Mas ele não dizia exatamente qual seria o imóvel.

Até que um dia ele me ligou e convidou-me para conhecer o que deveria ser, nas palavras dele, “a futura sede na nossa ARL”.

Passado algum tempo, ele apareceu defronte minha residência, acompanhado do Prefeito Luiz Roberto Jábali, do Presidente da Câmara , Cícero Gomes da Silva, e de uma outra pessoa da qual não me lembro o nome ( todos nas fotos anexadas a esse texto).

 

O casarão ainda estava inteiro, mobiliado de acordo com a época em que foi construído, um espaço digno da ARL e de sua história.

 

Mas depois desse encontro, nada mais foi dito: o assunto morreu, até que . certo dia, em uma solenidade, encontrei um advogado, conhecido meu, que me disse:

— Olá Tórtoro, você sabia que agora a Academia Ribeirãopretana de Letras jurídicas terá sua sede própria ?

Logo perguntei: onde será?

E ele me respondeu : na Avenida da Saudade, ao lado da Igreja.

 

Fiquei atônito. Não poderia ser verdade. A ARLJ acabava de ser criada, e a ARL já havia completado 50 anos!!!!

 

Mas era verdade: a ARL havia sido passada para trás…e sem motivo algum que justificasse o fato.

 

Mas essa é a triste verdade.

 

 

 

 

ACADEMIAS, ARE-Academia Ribeirão-pretana de Educação, ARL- ACADEMIA RIBEIRÃOPRETANA DE LETRAS, ARTIGOS, LITERATURA