LI E GOSTEI : QUEM SOU EU ?

É POSSÍVEL SER FELIZ FORA DE VANUATU ?

“Felicidade não significa fazer tudo que se quer, mas querer tudo que se faz”
Leon Tolstói

Livros sobre filosofia há muitos. Mas Quem sou eu ?  , uma aventura na filosofia, de Richard David Precht, é diferente de todos os outros, porque nunca nenhum deles me apresentou, de maneira tão abrangente e competente
— e levando em conta os conhecimentos da ciência —, as grandes questões filosóficas da vida: O que é a verdade? Como sei quem sou ? O que é uma vida feliz ?
Encontrei Vanuatu nesse livro:  “As pessoas mais felizes do mundo não têm ruas asfaltadas. Também não dispõem de riquezas minerais significativas. Elas não mantêm um exército. São camponeses e pescadores, ou trabalham em restaurantes e hotéis. Não se dão às mil maravilhas entre si.O país onde moram tem a maior variedade de línguas do mundo. Duzentas mil pessoas falam mais de cem línguas diferentes. A expectativa de vida é bem pequena; as pessoas mais felizes do ano chegam em média aos 63 anos. ‘ As pessoas aqui são felizes porque se contentam com pouco’, explica um jornalista do periódico local. ‘A vida gira em torno da comunidade, da família e de tudo que se pode fazer de bom às outras pessoas. Este é um lugar onde não é preciso se preocupar muito. ‘O medo dessas pessoas viria apenas de tufões e terremotos”.
Vanuatu ( antigamente chamada de Novas Hébridas ) — segundo o Happy Planet Índex, publicada pela New Economics Foundation em 2006 — é o país mais feliz do mundo ?
A felicidade é boa,mas dá trabalho, diz o autor.
E quais as sete regras para bem desenvolver esse trabalho, segundo os pesquisadores da felicidade ?
Primeira : atividade. Nosso cérebro é sedento por atividades. Calmaria mental traz mau humor. No momento em que descansamos um dia, uma série de neurônios morre.Variedade e coisas novas podem ser fontes de felicidade.
Segunda: viver em sociedade. Um bom relacionamento e uma quantidade correspondente de sexo sejam muito mais importantes para a alegria de viver do que, por exemplo, dinheiro e propriedades.
Terceira: concentração. Tudo o que fazemos deve ser feito por inteiro. Quem pensa que vai engordar durante um bom jantar, quem fica olhando para o relógio durante as conversas, priva-se de sua vivência. A vida é aquilo que acontece com a maioria das pessoas enquanto elas estão ansiosamente planejando outras coisas.
Quarta: expectativas realistas. A felicidade depende daquilo que estamos esperando. Exigir demais ou de menos de si mesmo são erros comuns.
Quinta: bons pensamentos. Talvez seja a mais importante de todas as regras. “Faça de conta que você está feliz, e você será feliz “.
Sexta: não exagerar na procura da felicidade. Lidar de modo mais leve com a infelicidade é uma grande arte.
Sétima: felicidade pelo trabalho. O trabalho é a melhor psicoterapia. E a desgraça do desemprego é exatamente essa falta de autoterapia.Os bom-vivants não são sempre os mais felizes.
Mas o mais importante, após a leitura do livro de Precht, é que, mesmo que não consigamos a chave para a felicidade, entendemos melhor a frase de Morfeu, personagem do filme Matrix: “Vou lhe dizer por que você está aqui. Você está aqui porque sabe uma coisa. Uma coisa que você não consegue explicar. Mas você sente. Você sentiu durante toda a sua vida que há algo errado com o mundo. Você não sabe o que, mas existe. Como uma farpa no seu cérebro que o deixa louco. Essa sensação o trouxe até mim !”.

 

ANTONIO CARLOS TÓRTORO70_11715-1

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