CLUBE DE REGATAS: PORCO NO ROLETE

PORCO NO ROLETE: FESTA NO REGATAS

“O sabor da comida na brasa está entranhado na psique coletiva desde que, mais de 2 milhões de anos atrás, o Homo erectus percebeu que o fogo servia para algo além de iluminar, aquecer e espantar as feras”

 

Tenho um amigo que não gosta de ver a cena primitiva e, para ele constrangedora, de um porco rolando sobre brasas ardentes, coberto de fumaça, e um monte de gente salivando em volta, com prato, faca e colher nas mãos.

Também tenho uma esposa que, ao contrário, saliva uma semana antes só de pensar nos nacos de carne suína cobrindo seu prato e exalando um perfume que a faz suspirar a cada garfada.

Sabemos que Porco no Rolete é um prato típico brasileiro. Seu preparo consiste em um porco assado inteiro sobre fogo ou brasas, porém sempre girando em estacas, o que dá uniformidade no ponto.

O infeliz, ali exposto aos olhares sedentos de carne,  foi domesticado há aproximadamente sete mil anos na Ásia menor e no centro da China. Desses locais, ele acompanhou os primeiros agricultores que imigraram da Ásia menor para a Europa, e, da China, para o interior da Ásia. A espécie chegou à América com os primeiros exploradores e conquistadores.

Quando ainda vivo, o porco é amigável, brincalhão, inteligente e sociável. O porco desenvolveu várias habilidades ao longo dos 10 mil anos que evoluiu com humanos. Por isso eles possuem o QI (quociente de inteligência) extremamente alto, superando até os cachorros. Possuem uma memória extraordinária e se comunicam através de sons e cheiros: mas se você pensar nisso, perderá imediatamente a fome, invadido por um remorso profundo.

Enfim, no mundo judaico, o tema da pureza e a proximidade com a santidade é muito importante. E o porco era considerado um animal impuro, há centenas de anos: mas diante da fome e salivação incontida, pensar no inferno fica para depois.

Nas fotos os amigos especiais Wagner e Andreza.

 

 

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