ESTRELA DALVA: AMOR INCONDICIONAL
“A estrela d’alva no céu desponta / E a lua anda tonta com tamanho esplendor…”
Música Pastorinhas
Após uma noite densa, no crepúsculo da manhã, olhamos para o céu e encontramos uma estrela brilhante, a mais brilhante, a “Estrela do Pastor”.
Se o momento é de aflição, logo vem à mente o Salmo 23: O Senhor é meu Pastor, nada me faltará.
E não faltou.
Dalva estava lá.
Uma Estrela Dalva que apareceu em minha vida num dos momentos mais difíceis: Dalva Rossi Rocha.
Minha irmã Rita e eu, estávamos precisando de ajuda de alguma instituição que abrigasse meus pais octogenários e que não aceitavam cuidadores, e nem se mudarem para a casa dos filhos. A situação era crítica porque não tinham condição alguma de se cuidarem. Vivíamos em constante tensão, aguardando, a qualquer hora um telefonema para irmos acudi-los.
Em fevereiro de 2015, graças à intervenção de um amigo/irmão, Luiz Sérgio Carvalho Rocha, que eu, até então, só conhecia por fone, meus pais foram acolhidos na Casa da Amizade.
Foi um alívio vê-los acolhidos por Dalva — Diretora Social — com todo carinho e atenção, em um apartamento de casal, ela que passou a ser a pessoa que intermediava contatos entre minha irmã e a Casa.
Em julho de 2015, meu pai veio a falecer com 91 anos de idade: minha mãe foi então transferida para outra casa de apoio, — que veio a falecer em outubro de 2019 com 90 anos — mais perto de nós, tendo em vista que a rua Japurá, no Ipiranga, dificultava muito, pela distância. nossas visitas semanais.
Nossa relação de amizade com Luiz e Dalva continuou.
A partir daí, sempre que recolhíamos mantimentos nas gincanas do Colégio Anchieta, parte das doações eram entregues para a Casa do Vovô.
Sempre que alguém queria encaminhar roupas ou móveis usados, eu ligava para nosso Anjo da Guarda, e Dalva estava lá.
No velório do meu filho Rod, Dalva estava lá, perto de nós, e levou-nos mensagens de paz e conforto: dizia que Rodrigo estava bem, estava com as crianças que ele sempre amou: ele, quando em vida, cuidava delas em seu trabalho diário.
Enfim, sempre nossa “Estrela Dalva” particular esteve lá.
Só vim a saber de sua viagem final para outra dimensão, ocorrida em março, no dia 13 de junho de 2024: Dia de Santo Antonio, também meu Santo protetor.
Agora, sempre que eu me lembrar das pessoas que compartilharam comigo momentos inesquecíveis, e que hoje continuam olhando por nós em novas dimensões, vou procurar entre as constelações uma estrela que, com certeza estará lá, nossa estrela Dalva , que na realidade é um planeta: Vênus — a Deusa do Amor.
ANTONIO CARLOS TÓRTORO
www.tortoro.com.br
ancartor@yahoo
COMENTÁRIO(S) SOBRE O ARTIGO ACIMA.
Acabei de ler. Sensível. Você consegue dar às amizades reais e sinceras a dimensão que têm. E consegue colocar termos como estrela-dalva e vênus com um significado simbólico que transcende a rasa denotação das palavras, dando-lhes uma grandeza que somente o coração pode entender.
WALDOMIRO W. PEIXOTO
Ex-presidente da ARL – Academia Ribeirãopretana de Letras
Belo texto de gratidão, a gratidão nos evolui
Parabéns.
RITA M. MOURÃO
Membro da ARL – Academia Ribeirãopretana de Letras
Palavras quando saídas do coração logo sentimos .
LUIZ SÉRGIO C. ROCHA
Esposo de Dalva