ARTIGO : ARL – ACADEMIA RIBEIRÃOPRETANA DE LUMINOSOS

 

ARL – ACADEMIA RIBEIRÃOPRETANA DE LUMINOSOS

 

“ Escrever é preciso, viver não é preciso”

 

A cada dia que passa, nos meus quase setenta e cinco anos de existência, vejo se encaminharem para novas dimensões antigos escritores conhecidos, e crio um cenário imaginário onde haveria colaboração literária atemporal, onde o intercâmbio de ideias poderia levar a novas fronteiras criativas.

Dos “brilhantes” da ARL – Academia Ribeirãopretana de Letras, com os quais tive contato, ainda quando caminharam comigo neste nosso planeta Terra, eu me lembro de alguns que, possivelmente, já criaram uma Academia de Letras em outra dimensão, pois vejamos:

Emília Ferreira Matta da Rocha, Vanderley Caixe, Vera Regina Marçallo Gaetani, Wilson Roveri, José Wilson Seixas Santos, Nicolau Dinamarco Spinelli, Miguel Perrone Cione, Mário Moreira Chaves, Luiz Carlos Raya, Geraldo Maia Campos, Ely Vieitez Lisboa, Rubem Cione, Maria Lúcia Cardoso dos Santos, Alfredo Palermo, Theodoro José Papa, José Magalhães Navarro, Ruy Escorel Ferreira Santos, Sylvio Ricciardi, Carlos Roberto Caliento, Cônego Arnaldo Padovani, Oswaldo Lopes de Brito, Saulo Gomes, Divo Marino, João Caetano de Menezes, Wilson Salgado, Fábio Leite Vichi, José Eduardo Dutra de Oliveira, Nilva Mariani.

A estes se somam os que não tive a honra de conhecê-los:

José de Souza Magalhães, Benedito Siqueira Abreu, Sebastião Porto, Fernando Correia Leite, Romualdo Monteiro de Barros, Plínio Travassos dos Santos, Onésio da Mota Cortez, José Paschoal do Rosário, Daniel Amaral Abreu, Geraldo Quartim, Osmani Emboaba da Costa, José Maria Morgade Miranda, Zeferino Vaz, Manoel dos Santos Gabarra, Epaminondas Barra ,Antonio Machado Santana, José Ferreira Carrato, Zoraide Rocha de Freitas, José bento Ferraz, Albino Camargo Neto, Sebastião Fernandes Palma, João Palma guião, Antonio Alves Passig, Mauro Pereira Barreto, Vicente Teodoro, João Baptista Berardo, Cyro Armando Catta Preta.

Pronto.

Potencial existe para a criação de uma Academia em outra dimensão. Falta saber se depois que se foram, continuaram empolgados com a vida literária que por aqui tiveram.

Que interceda por eles, São Francisco de Sales, a fim de que continuem com a árdua missão de escrever, porque a leitura nos leva a conhecer novos mundos e realidades, causando prazer aos sentidos e à sensibilidade do ser humano.

Ainda não tive conhecimento de nenhuma obra psicografada por qualquer um desses caros colegas relatados: por lá o marketing não deve estar funcionando a contento.

Penso que uma academia literária em outra dimensão, composta por nossos escritores locais, poderia ser um lugar fascinante, mesclando elementos de fantasia com a riqueza do legado literário.

Essa academia estaria situada em uma dimensão onde o tempo e o espaço seriam fluídos, flutuando em um eterno crepúsculo dourado, sobre nuvens etéreas e bibliotecas infinitas flutuantes: um vasto repositório de obras literárias nacionais e internacionais com tradução simultânea.

Seriam realizados passeios por jardins literários e haveria inspiração contínua, onde escritores de todas as eras, aprenderiam e criariam juntos, transcendendo as barreiras do tempo e espaço para enriquecerem o universo literário.

Sua arquitetura seria um mix de estilos. Refletindo a diversidade das eras literárias: torres góticas, pátios renascentistas, jardins orientais e modernas estruturas de vidro e aço.

Seriam convidados para palestras escritores mundialmente conhecidos: Machado de Assis, Castro Alves ,Alvares de Azevedo, Euclides da Cunha, José de Alencar, Monteiro Lobato, Olavo Bilac, Mário de Andrade, Batista Cepelos (meu Patrono) , João Guimarães Rosa, Manoel Bandeira, Cecília Meirelles, Vinícius de Morais,  Graciliano Ramos, Oswald de Andrade, Érico Veríssimo e outros internacionalmente conhecidos.

Seriam criados Simpósios Interdimensionais, Workshops de Criação Literária desenvolvendo projetos de criação de novos mundos.

Enfim,  tudo permaneceria como dantes, no quartel de Abrantes, mas um pouco diferente.

 

ANTONIO CARLOS TÓRTORO
Ex-presidente da ARL
www.tortoro.com.br
ancartor@yahoo.com

 

COMENTÁRIO(S) SOBRE O ARTIGO ACIMA:

Muito inspirado o autor Antônio Carlos Tórtoro na elaboração desta luminosa e sonhadora crônica. De fato, seria maravilhosa a criação de uma academia literária além do tempo e do espaço.
Pergunta-se: será que lá haveria maior fraternidade e menos ego? Tomara que sim, contudo trata-se de uma doce quimera. Precisamos sonhar com coisas boas, reconfortantes, então fiquemos à vontade.
E, quem sabe, quando e se receberemos uma mensagem psicografada de um dos autores citados? Seria muito interessante, apesar de que o descrédito seria muito grande, quase total.
Apenas para ilustrar, encerro este pequeno comentário citando três nomes de acadêmicos que o Prof. Tórtoro não conheceu, e eu sim:
José Maria Morgade Miranda – conheci na Maçonaria onde ingressei muito novo;
Manoel dos Santos Gabarra – obstetra no nascimento do meu único filho;
Romualdo Monteiro de Barros – lecionou-me matemática no primeiro ano do Ginasial no Instituto Educacional Otoniel Mota.
Cezar Augusto Batista
Cadeira nº 29 da Academia Ribeirãopretana de Letras
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