“É uma casa portuguesa com certeza, lá é com certeza uma casa portuguesa…”
É bem conhecida a letra da música, cantada pela fadista Amália Rodrigues, “Uma casa portuguesa”.
Ela fala de pão e vinho sobre a mesa, um cheirinho de alecrim, um cacho de uvas doiradas, duas rosas num jardim, um São José de azulejo, o Sol da primavera, dois braços à nossa espera, fartura de carinho: pura poesia.
Vou falar da Clínica Portugal, na Avenida Senador Cesar Vergueiro, Jardim Irajá. Lá existem faixas de tecido e elásticas para alongamento; halteres, tornozeleiras com pesos e bolas de exercício e rampa de madeira; bicicleta ergométrica; luz com infravermelho; eletroterapia, ultrassom, massoterapia, TENS e FES.
Mas tem muito mais.
O fisioterapeuta desempenha um papel crucial não apenas na recuperação física dos pacientes, mas também no suporte ao seu bem-estar emocional e isso ocorre por várias razões:
Durante o tratamento, o fisioterapeuta frequentemente estabelece uma relação próxima com o paciente. Ao demonstrar empatia e oferecer apoio, o fisioterapeuta ajuda a reduzir a ansiedade, o estresse e o medo associados ao processo de recuperação. A recuperação física pode ser desafiadora e demorada. O fisioterapeuta, ao incentivar e motivar o paciente, pode ajudá-lo a manter o foco nos objetivos e a superar momentos de desânimo, impactando positivamente o estado emocional.
Também é importante informar o paciente sobre sua condição, os benefícios dos exercícios e o progresso alcançado pode ajudar a reduzir a incerteza e aumentar a confiança, o que é essencial para o bem-estar emocional.
A fisioterapia muitas vezes envolve práticas que conectam o corpo e a mente, como técnicas de respiração, relaxamento muscular e controle postural, que podem melhorar o equilíbrio emocional do paciente.
A recuperação física conduz a uma maior autonomia e independência, o que pode melhorar significativamente a autoestima e o bem-estar emocional do paciente.
Portanto, o fisioterapeuta contribui de forma significativa para o equilíbrio emocional dos pacientes, facilitando uma recuperação mais completa e holística.
Isso posto, podemos acrescentar que a Dra. Gabriela, Dra. Carla e Dr Takashi, são sempre três pares de braços à espera dos pacientes — além do atendimento primoroso das meninas do balcão de atendimento e marcação de novos horários — e todos dispostos a nos propiciar uma fartura de carinho.
Por isso minha esposa Lucia e eu, que temos frequentado, por diversas terças e quintas-feiras, uma casa portuguesa com certeza: ela entra para um tratamento específico, e eu aguardo, por precisos cinquenta minutos — o pessoal funciona com a precisão de relógio suiço — lendo meus livros no inseparável Kindle.
ANTONIO CARLOS TÓRTORO
Ex-presidente da ARL – Academia Ribeirãopretana de Letras.
ancartor@yahoo.com