ARTIGO: HUMANOS ESPECIAIS – OLIMPÍADAS DE PARIS 2024

 

HUMANOS ESPECIAIS: A IMPORTÂNCIA DA FANTASIA

 

“Tanto quero o pão e o vinho, a realidade e a fantasia, é isso que nos mantém vivos”.

 

                                                                                   Cazuza

 

Uma obra que marcou minha época foi “Eram os Deuses Astronautas?”, um livro escrito em 1968 pelo suíço Erich von Däniken, em que o autor teoriza a possibilidade de as antigas civilizações terrestres serem resultados de alienígenas que para as épocas relatadas teriam se deslocado.

A ideia de que certas obras arquitetônicas foram construídas por extraterrestres é um tema popular em teorias da conspiração e na ficção, mas não há evidências científicas que sustentem essas alegações. Algumas das estruturas mais frequentemente mencionadas nessas teorias incluem:

 

As Pirâmides de Gizé, no Egito.  A precisão na construção das pirâmides, especialmente a Grande Pirâmide de Gizé, levou alguns a especular que alienígenas poderiam ter ajudado na sua construção.

 

Stonehenge, Inglaterra. Este círculo de pedras antigas é frequentemente citado devido à complexidade de seu transporte e alinhamento astronômico.

 

As Linhas de Nazca, no Peru: Essas enormes geoglifos no deserto de Nazca são vistas do alto e têm formas de animais, plantas e figuras geométricas. Alguns sugerem que elas foram feitas para serem vistas por seres que voam.

 

O Templo de Baalbek, no Líbano: Conhecido por suas enormes pedras de fundação, algumas das maiores já utilizadas em construção, o Templo de Júpiter em Baalbek é outra estrutura associada a teorias de construção alienígena.

 

Os Moais da Ilha de Páscoa, no Chile: Essas enormes estátuas de pedra são atribuídas à civilização Rapa Nui, mas alguns teóricos afirmam que os alienígenas poderiam ter ajudado a movê-las e erguê-las.

 

Puma Punku, na Bolívia: Parte do complexo de Tiwanaku, Puma Punku é famosa por seus blocos de pedra com cortes precisos que parecem muito avançados para a época.

 

Particularmente gosto de acreditar nessas teorias apesar de serem elas   amplamente desacreditadas pela arqueologia e história, que explicam a construção dessas obras como resultado da engenhosidade e trabalho das civilizações humanas.

 

Lendo a Bíblia, notamos que ela não menciona diretamente extraterrestres ou vida em outros planetas. A maioria dos textos bíblicos é focada na relação entre Deus e a humanidade, na criação do universo, e na história da redenção.

 

Mas, no entanto, algumas passagens bíblicas são interpretadas por algumas pessoas, sou uma delas, como possíveis referências a seres de outros mundos, por exemplo:

 

A visão de Ezequiel que descreve uma carruagem celestial com seres que têm quatro faces e se movem em rodas que parecem não se virar. Alguns teóricos sugerem que isso poderia ser uma descrição de uma nave extraterrestre, embora a interpretação tradicional seja simbólica, referindo-se à glória de Deus e à complexidade do seu trono.

 

Gênesis fala sobre “os filhos de Deus” que se uniram às “filhas dos homens”. Algumas interpretações sugerem que esses “filhos de Deus” poderiam ser seres angélicos ou de outra natureza, mas não há consenso entre os estudiosos sobre isso.

 

O salmista contempla o universo e pergunta: “Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que firmaste, que é o homem para que dele te lembres?”. Isso reflete a imensidão do universo e a pequenez do ser humano, mas não sugere diretamente a existência de vida extraterrestre.

 

Enfim, embora a Bíblia não aborde explicitamente o conceito de vida fora da Terra, o tema continua a ser um campo de discussão e especulação entre teólogos, cientistas e entusiastas da ufologia.

 

Voltemos a 2024, Olimpíadas de Paris.

 

A ideia de que atletas excepcionais seriam extraterrestres é mais uma elucubração ou uma metáfora do que uma teoria séria. Esse conceito surge muitas vezes em conversas informais ou na mídia esportiva como uma forma de destacar a incrível habilidade, força, velocidade ou técnica de certos atletas, sugerindo que suas capacidades são tão extraordinárias que parecem “sobrenaturais” ou “de outro mundo”.

 

Por exemplo, quando se diz que um jogador como Lionel Messi ou LeBron James joga como se fosse de outro planeta, isso é uma maneira figurativa de expressar que eles são tão talentosos e dominantes em seus esportes que parecem estar em um nível acima dos outros.

 

Na realidade, essas habilidades são fruto de uma combinação de genética, treinamento rigoroso, dedicação, e muitas vezes um talento natural que foi desenvolvido ao longo do tempo.

Portanto, é divertido, e um privilégio, imaginar que na TV, durante as Olimpíadas de Paris pudéssemos ter visto “extra-terrestres” tais como:

 

Simone Biles Owens que é uma ginasta profissional dos Estados Unidos, especialista na ginástica artística, vencedora de trinta medalhas em campeonatos mundiais, sendo vinte e três delas de ouro. É a ginasta mais condecorada na história do seu país em mundiais.

 

Ou Rebeca Andrade,  uma ginasta artística brasileira bicampeã olímpica e a maior medalhista da história do Brasil nas Olimpíadas, com 6 medalhas.

Ou Teddy Pierre-Marie Riner ,um judoca francês que conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, Jogos Olímpicos do Rio 2016, Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 e nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, além do bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008 na categoria mais de 100 kg.

 

Ou Novak Djokovic, um tenista profissional sérvio,  atual número 2 do ranking mundial de simples da ATP, recordista em mais Grand Slams, recordista em mais semanas como número 1° do mundo.

 

Ou ainda Mijaín López Núñez, um lutador cubano de estilo greco-romana, pentacampeão olímpico, pentacampeão pan-americano e pentacampeão mundial.

 

Penso que a fantasia desempenha um papel crucial em nossas vidas, especialmente quando enfrentamos a dura realidade. Ela funciona como uma válvula de escape, permitindo que nossa mente explore possibilidades além dos limites do cotidiano e das dificuldades que enfrentamos. Por meio da fantasia, podemos experimentar mundos onde problemas são resolvidos de maneira mágica, onde os desafios não são insuperáveis, e onde podemos ser versões melhores de nós mesmos ou encontrar forças que não sabíamos que possuíamos.

 

Esse distanciamento momentâneo da realidade não é uma forma de fuga irresponsável, mas sim uma maneira de recarregar as energias, de manter a esperança e de cultivar a resiliência. A fantasia também nos oferece uma perspectiva diferente, ajudando-nos a refletir sobre nossas próprias vidas sob uma nova luz.

 

Além disso, ela pode ser uma ferramenta poderosa para o crescimento pessoal. Através das narrativas de fantasia, muitas vezes conseguimos enfrentar medos, ansiedades e inseguranças de uma forma segura e controlada. Esses mundos imaginários nos permitem visualizar soluções criativas e novas abordagens para os problemas reais.

 

Em resumo, a fantasia é essencial não apenas como entretenimento, mas como um recurso psicológico que nos ajuda a lidar com as pressões e adversidades da vida. Ela nos lembra que, mesmo em meio às dificuldades, há espaço para a imaginação, para a esperança e para o sonho.

 

 

ANTONIO CARLOS TÓRTORO
Ex-presidente da ARL- Academia Ribeirãopretana de Letras
www.tortoro.com.br
ancartor@yahoo.com

 

 

 

 

 

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