UMA ESPERANÇA A QUATROCENTOS ANOS-LUZ

“Um grito de estrelas vem do infinito. E um bando de luz repete o grito. Todas as cores e outras mais procriam flores astrais. O verme passeia na lua cheia.”

Secos & Molhados

Nesses últimos quarenta anos, e de muito longe,  mensagens de paz e amor estão sendo enviadas a nós, seres humanos: é vasta a literatura disponível hoje na Internet.
Mais precisamente, essas mensagens estão sendo enviadas por nossos irmãos interplanetários, das Plêiades, constelação de Touro.
A constelação de Touro é uma das mais facilmente identificáveis no céu.
Estamos na melhor época do ano para observar esta constelação, o verão, pois é quando ela mais se destaca no céu nascendo a leste por volta de dezoito horas e estando visível praticamente a noite toda.
Quanto ao aglomerado estelar aberto das Plêiades é o grupo de estrelas mais brilhante em todo o céu.
O nome Plêiades deriva do grego plein, que significava a abertura e o fechamento da estação da navegação entre os gregos.
Um modo fácil de localizar as Plêiades no céu é tomando a reta formada pelas estrelas Betegeuse (na constelação de Orion) e Aldebarã, ambas fáceis de ser identificadas por ter cor avermelhada. Seguindo a reta chegaremos ao aglomerado das Plêiades, bem no pescoço do touro.
As Plêiades, como é típico dos enxames abertos, constituem um grupo de estrelas que se formaram a partir de uma mesma massa inicial de gás e poeira. O enxame compreende pelo menos 500 estrelas, predominantemente de cor branco-azuladas e muito quentes, e situa-se a 380 anos-luz.
Mas é muita a distância entre a grandiosidade, paz e amor provenientes das Plêiades,  e a violência, ódio, intolerância, preconceito, falta de ética aqui na Terra.
O que vejo no noticiário são corpos ensangüentados caídos pelas ruas, vítimas de agressões sexuais, tiros, facadas, bombas: tudo em terceira dimensão.
E  cada corpo anônimo que vejo nas telas da TV me faz lembrar as palavras de Rabistansky (1876), sobre corpos de desconhecidos,  que li numa placa afixada na parede de uma sala de Anatomia: “ Ao curvar-te com a lâmina rija de teu bisturi sobre o cadáver desse desconhecido lembra-te que este corpo nasceu do amor de duas almas, cresceu embalado pela fé e esperança daquela que em teu seio o agasalhou, sorriu e sonhou os mesmo sonhos das crianças e dos jovens, por certo amou e foi amado, e sentiu saudade dos outros que partiram, acalentou um amanhã feliz e agora jaz na fria lousa, sem que por ele tivesse derramado uma lágrima sequer.  Seu nome só Deus sabe, mas o destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza de servir à humanidade que por ele passou indiferente” .
E fico pensando: quanto tempo teremos que esperar pela chegada democrática da quinta dimensão às nossas existências terrestres, para que a mensagem de paz e amor  de uma Plêiade Interior, ou Deus de Nosso Coração, venha a mudar o mundo e a relação entre os homens ?

ANTONIO CARLOS TÓRTORO

 

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