Os fotógrafos, diretores do Grupo Amigos da Fotografia, AC Tórtoro e Lu Degobbi participam da Exposição “Poéticas Visuais” , a partir do dia 5 de setembro de 2014, no Espaço Cultural Palace, cada um com 3 fotos escolhidas dentre 20 outras que compõem as exposições completas Les Bleus no Colégio Anchieta (AC Tórtoro) e Vitrais em Preto e Branco (Lu Degobbi).
As exposições completas serão apresentadas ao público, uma no Colégio Anchieta e a outra no Clube de Regatas, no mês de outubro de 2014.
Nas fotos: divulgação do evento, as 3 fotos de cada um dos fotógrafos, e a foto/apresentação de cada uma delas.
EXPOSIÇÃO LES BLEUS NO COLÉGIO ANCHIETA.
FOTÓGRAFO AC TÓRTORO – GRUPO AMIGOS DA FOTOGRAFIA
Imaginem um Colégio tradicional de Ribeirão Preto, com mais de trinta anos de existência, e que realiza anualmente sua tradicional Gincana Cultural, mas desta vez em plena Copa do Mundo no Brasil, quando a cidade recebe a seleção francesa de futebol: os Les Bleus.
Imaginem que esta foi a última Gincana realizada no espaço desse Colégio que, em breve mudar-se-á para um novo local.
Imaginem, enfim, o que se passa na cabeça de cada um que fez parte dessa história que continuará a ser escrita, mas em novo local.
O fotógrafo AC Tórtoro pretendeu marcar/registrar esse momento de ruptura, digamos, espacial e emocional, com a exposição Les Bleus no Colégio Anchieta, composta de 20 fotos, em tons de azul, branco e preto, fazendo cortes em diagonal em todas as fotos, escurecendo um dos lados (antigo) e clareando o outro (novo).
EXPOSIÇÃO VITRAIS
FOTÓGRAFA LU DEGOBBI – GRUPO AMIGOS DA FOTOGRAFIA
Conhecemos a Alegoria da Caverna, escrita pelo filósofo grego Platão e que se encontra na obra intitulada A República (Livro VII).
Trata-se da exemplificação de como podemos nos libertar da condição de escuridão que nos aprisiona através da luz da verdade, e onde Platão discute sobre teoria do conhecimento, linguagem e educação na formação do Estado ideal.
Imaginemos todos os muros bem altos separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali.
Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder mover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira. Pelas paredes da caverna também ecoam os sons que vêm de fora, de modo que os prisioneiros, associando-os, com certa razão, às sombras, pensam ser eles as falas das mesmas. Desse modo, os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade.
Imagine que um dos prisioneiros consiga se libertar e, aos poucos, vá se movendo e avance na direção do muro e o escale, enfrentando com dificuldade os obstáculos que encontre e saia da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como ele, e mais além todo o mundo e a natureza.
Mas, e se quisermos considerar que o único lado que tem importância em todas as coisas é o da sombra — conhecendo as dificuldades e desafios da vida — e que as pessoas poderiam ser transformadas em vitrais eternos, passando a serem vistas como sombras fotografadas no chão, em plena liberdade, depois que o corpo desapegou-se da dura realidade?
Foi isso que a fotógrafa Lu Degobbi imaginou ao criar a exposição Vitrais em Preto e Branco, composta por 20 fotos em PxB, clicadas no espaço das piscinas do Clube de Regatas Ribeirão Preto.