CLAUDIO TÓRTORO: (15/11/1923 – 07/07/2015) : 07/07/2017 HOMENAGEM PELOS DOIS ANOS DE SUA PASSAGEM PARA OUTRA DIMENSÃO.


Fotos clicadas nas décadas de 20 (quando criança) e na década de 40 ( quando jovem, na praia de Santos e no Museu do Ipiranga), e reveladas na FOTO ESPORTE.

Claudio Tórtoro — consta em seu registro de nascimento a observação: “segundo com o mesmo nome”, porque recebeu o mesmo nome de um irmão natimorto — filho de Carmine Tórtoro e Ida Pulverini, nasceu em 15 de novembro de 1923, em Ribeirão Preto – SP, nas redondezas da Praça 7 de Setembro.
Aos dez anos perdeu o pai — Carmine faleceu com problemas pulmonares devido ao pó de mármore que respirou durante parte de sua vida no trabalho na Marmoraria Progresso — e a partir daí teve que responsabilizar-se pela criação de três irmãos: Áureo, Octávio e Francisco, todos menores que ele; e pelo sustento da mãe.
Por esse motivo começou a trabalhar muito cedo na Cristófani Madeiras, empalhando cadeiras.
Posteriormente, trabalhou quase toda a vida — por mais de quarenta anos — no Antigo Banco Construtor ( contratado pelo próprio Antonio Diederichsen) , depois denominado Cia. Comércio e Indústria Antonio Diederichsen, atualmente Santa Emilia.
Em 1948 casou-se com Terezinha da Silva e teve os filhos Antonio Carlos e Rita Maria.
Aposentou-se trabalhando na Diederichsen como representante da firma Permetal — materiais utilizados em usinas de açúcar — após ter sido, durante muito tempo o responsável por um dos setores mais importantes da empresa: a seção de expedição.
Claudio, conhecido pelos amigos como Dinho ou Manolo — gostava de cantar músicas de Vicente Celestino — fazia questão de contar que trabalhou em peças teatrais quando Congregado Mariano na Igreja São José — por exemplo, na peça Vida e Morte de São Venâncio e outras.
Tocava gaita, empalhava cadeiras divinamente, ouvia óperas e músicas italianas — Gigli, Caruso, Mario Lanza — pescava lambaris, cuidava do pintassilgo, andava de bicicleta, tirava fotos nas horas vagas com sua máquina “caixote”, tinha ciúme de suas ferramentas.
Depois de traído por Olívia, casou-se com Terezinha e teve com ela dois filhos : Antonio Carlos e Rita Maria. Aos 37 anos construiu sua casa própria no Jardim Paulista e aos 45 comprou o primeiro automóvel: um Gordini, que logo trocou por um Volkswagen azul claro, destruído em um acidente na estrada Ribeirão Preto-Serrana.
Claudio usou relógio de bolso, tinha um caderno com letras das músicas de Celestino, adorava tomar uma pinguinha de aperitivo, ia a procissões com a família — na Páscoa e na Paixão, de manhã tomava sempre um mingau de aveia, dava semanalmente corda no carrilhão Silco.
Claudio visitava usinas de açúcar vendendo telas da Permetal e dando assessoria técnica, participou da criação da Cooperativa Agrícola de Mombuca – Guatapará, foi sócio-interessado nas Lojas Diederichsen, gostava de ir a São Paulo visitar parentes via Trem Azul. Para os filhos contava estórias, incentivava a leitura comprando anualmente o Almanaque, ia de bicicleta ao aeroporto levando o filho na garupa.
Claudio Tórtoro: um ser humano teimoso ao extremo que viveu intensamente, à sua maneira, cada momento.
Faleceu no dia 7 de julho de 2015, no quarto 603, da Santa Casa de Misericórdia com insuficiência respiratória — sob os cuidados dos jovens e dedicados médicos Fábio e Laís — tendo ao seu lado, no leito de morte, o casal de filhos.
Na sala 4 do velório Samaritano, envolto em coroas de flores — Clube de Regatas, Colégio Anchieta, Elma Bonini e família, família de Lindolpho Pereira e Pastobras — Claudio recebeu a visita de seus amigos— e dos amigos de seus filhos — para as últimas despedidas.
Seu corpo repousa na quadra 22, sepultura 7565 do cemitério da Saudade enquanto seu espírito inicia jornada em nova dimensão.
Em 13 de julho de 2015, meu amigo/irmão, Vereador RODRIGO SIMÕES apresentou à consideração da Câmara Municipal de Ribeirão Preto Projeto de Lei indicando o nome de meu pai CLAUDIO TÓRTORO para denominar logradouro público municipal ou próprio municipal – https://tortoro.com.br/?p=7886

A família Tórtoro agradece essa demonstração de amizade e carinho.

ANTONIO CARLOS TÓRTORO
ancartor@yahoo.com
www.tortoro.com.br

ACADEMIAS, ARE-Academia Ribeirão-pretana de Educação, ARL- ACADEMIA RIBEIRÃOPRETANA DE LETRAS, BIOGRAFIA, FOTOGRAFIA, Sem categoria